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Pandemia adia laudo sobre rompimento da barragem da Vale

Perícia da PF que vai determinar motivo de liquefação da barragem de Brumadinho seria concluída em junho, mas foi adiada para outubro

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Onze pessoas ainda estão desaparecidas
Onze pessoas ainda estão desaparecidas

Um laudo pericial que pode apontar as causas do rompimento da barragem B1, da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, só deve ficar pronto em outubro. O estudo, que está sendo feito por peritos da Polícia Federal em Belo Horizonte, com o auxílio de especialistas das Universidades da Catalunha (Espanha) e do Porto (Portugal), deveria ter sido entregue em junho mas, devido a pandemia, teve sua conclusão adiada. 

De acordo com o delegado Luiz Augusto Nogueira Pessoa, novas diligências e operações estão vinculadas a esse laudo. Até a conclusão do estudo, o processo não deve avançar no âmbito da PF.

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— Enquanto não houver uma definição do que causou a liquefação do material, não há novas diligências a serem feitas.

O objetivo da perícia é apontar o que causou a liquefação da barragem da Vale, em Brumadinho. A liquefação é o processo em que os rejeitos de minério dispostos na barragem deixam de ser sólidos e se tornam mais fluidos. No caso da barragem de Brumadinho, especialistas apontaram que esse foi o processo responsável pelo rompimento. 


Justiça

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público contra a Vale e a consultora alemã Tüv Süd, além de 16 pessoas, entre funcionários e diretores das duas empresas.

Conforme a ação do MP, cada um deve responder por 270 crimes contra a vida (em relação às 270 vítimas), além de crimes ambientais. Em junho, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que a competência do julgamento do caso é do TJMG.

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