PC conclui inquérito do caso de jovem que foi estuprada após ser abandonada em rua de BH 

A Polícia Civil concluiu, nesta terça-feira (08), o inquérito do caso da jovem, de 22 anos, que foi encontrada desacordada por um homem, na porta de casa, e depois abusada sexualmente por ele, no bairro Santo André, região noroeste de Belo Horizonte. 

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A vítima havia bebido em um show e foi deixada na calçada por um motorista de aplicativo. Além do homem preso por abusar da jovem, o motorista também poderá ser processado criminalmente.

Durante a semana, os envolvidos no caso prestaram depoimentos na delegacia responsável por investigar crimes sexuais na capital mineira. “A gente já ouviu praticamente todos os envolvidos, todas as pessoas relacionadas ao caso, ouvimos o motorista, os familiares, o amigo da jovem que a deixou no carro de aplicativo”, disse a delegada Danúbia Quadros. 

Laudos periciais também foram analisados e anexados ao processo. O material foi considerado suficiente para que a Polícia Civil concluísse o inquérito que apurou o estupro da jovem. A vítima foi uma das primeiras a prestar declarações, mas ela não se lembrou de nada que aconteceu depois de ter embarcado no carro de aplicativo.

“Ela confirmou que permaneceu durante toda a madrugada desacordada, não tendo nenhuma lembrança do que realmente aconteceu enquanto estava com esse indivíduo que a colocou nas costas e a levou pra um campo”, contou a delegada. 

Wemberson Carvalho da Silva, de 47 anos, flagrado nas imagens carregando a vitima desacordada pelas ruas foi preso em flagrante. Em depoimento à delegada responsável pelo caso, Wemberson não respondeu nenhuma pergunta. 

O amigo da vitima que chamou o veiculo de aplicativo também contou a versão dele. Para a policia, ele não cometeu nenhum crime. A Polícia Civil descarta a responsabilidade criminal do amigo e do motociclista que ajudou o motorista a tirar a jovem e a deixá-la na porta de casa. 

O motorista, no entanto, ainda pode responder pelo crime previsto no artigo 133 do codigo penal. A lei diz que quem abandona uma pessoa que está sob o seu cuidado e por qualquer motivo, é incapaz de se defender dos riscos de ficar sozinha pode pegar de seis meses a três anos de prisão.

A punição pode ser ainda mais severa se esse abandono resultar em lesão corporal grave. Na declaração que deu à policia, o motorista afirmou que a passageira estava acordada quando embarcou e que ele ainda insistiu para que o amigo dela fosse junto.

Com os trabalhos de investigação concluídos, cabe a Justiça decidir qual será o futuro dos envolvidos.