Os vereadores de Belo Horizonte aprovaram na tarde desta terça-feira (8), a abertura de pedido de cassação do ex-presidente da Câmara Municipal Wellington Magalhães, preso na operação Política Suja, há duas semanas, sob a acusação de desviar R$ 30 milhões dos cofres públicos. Mesmo preso, Magalhães recebe salário de R$ 17 mil. É a primeira vez que o Legislativo municipal instaura um processo que pode resultar na cassação de um parlamentar. O pedido foi feito pelo advogado Marley Marra, que acompanhou a votação em plenário. Discreto, ele justificou que faz sua parte de "cidadão para um Brasil melhor". Dos 41 vereadores da capital mineira, 38 foram favoráveis à abertura do processo. Dois parlamentares não estavam no plenário e o presidente da Casa, Henrique Braga (PSDB), só votaria em caso de empate. Uma comissão formada por três parlamentares irá discutir o assunto e, após 90 dias, apresentar um relatório que será votado em plenário por todos os vereadores. A presidência da comissão caberá ao vereador Doutor Nilton (PROS). Já a relatoria ficará com Reinaldo Gomes (MDB). O terceiro integrante é Fernando Luiz (PSB). De acordo com o presidente, eles vão solicitar todos os documentos para analisar a situação do parlamentar investigado: — Vamos apurar se houve quebra de decoro parlamentar do vereador.