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Pimentel não pagará o 13º dos servidores de MG em 2018

Notícia foi divulgada por nota assinada por Carlos Calazans, assessor de Relações Sindicais do Estado, e criticada por lideranças do PT

Minas Gerais|Paulo Henrique Lobato, do R7

Fernando Pimentel não foi reeleito governador de Minas Gerais
Fernando Pimentel não foi reeleito governador de Minas Gerais Fernando Pimentel não foi reeleito governador de Minas Gerais

O governador Fernando Pimentel (PT) não pagará o 13º salário dos servidores de Minas Gerais em 2018, conforme nota divulgada nesta sexta-feira (28) e assinada pelo assessor de Relações Sindicais do Estado, Carlos Calazans.

O Estado não tem recurso para quitá-lo sequer parcelado. Já o salário de novembro, que é pago em dezembro, "está sendo efetuado no dia de hoje (28/12) a todos os servidores ativos e inativos do Executivo estadual".

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A notícia de que o 13º não será pago antes de 2019 causou indignação entre lideranças do próprio Partido dos Trabalhadores, como Beatriz Cerqueira, deputada estadual eleita, e Rogério Correia, deputado federal eleito.

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Calazans assegurou, por meio da nota, que "foi aguardado até o último momento um crédito de R$ 200 milhões, por parte do governo federal, referente à compensação financeira em função da perda de receita decorrente da desoneração de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre exportações de bens e da concessão de créditos nas operações anteriores, aprovada no Congresso Nacional (PLP 511/2018)". 

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O Governo Federal informou ao Estasdo que tal crédito só será repassado no ano que vem.

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Ainda segundo a nota assinada por Calazans, "outra importante perda de recursos ocorreu com o leilão da securitização das dívidas, que não obteve oferta com o desconto permitido". Na prática, conforme calcula o Estado, R$ 500 milhões deixaram de entrar nos cofres da Secretaria da Fazenda.

Os R$ 200 milhões referentes à compensação do ICMS e os R$ 500 milhões relativos ao leilão da securitização das dívidas permitiriam ao governo o pagamento de parte do 13º salário de todos os servidores do Executivo estadual, tanto os ativos quanto os inativos, neste ano.

O R7 ainda não conseguiu contato com o Sindpúblicos (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Minas Gerais).

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Indignação

Após o anúncio do Estado, Beatriz Cerqueira, deputada estadual eleita, e Rogério Correia, deputado federal eleito, divulgaram uma nota em conjunto lamentando e discordando da decisão do Estado. Confira a nota na íntegra:

"Lamentamos e discordamos do anúncio oficial que o governo do Estado acaba de fazer informando que não fará o pagamento do 13º salário, direito essencial dos trabalhadores e trabalhadoras. Repudiamos e criticamos o governo do Estado, que não criou condições para que isso acontecesse e repudiamos também o boicote do governo Temer que corroborou para essa situação lamentável.

Repudiamos também a posição do secretário de Estado da Fazenda que, mesmo diante da decisão do governo e da previsão legal, não fez a incorporação do último abono da educação. Seu comportamento expressou desrespeito a um direito já conquistado pela categoria e agiu de má-fé, uma vez que todas as garantias foram dadas pelo governo de que o abono seria incorporado.

Neste momento de extremas dificuldades, reafirmamos nosso compromisso com a luta por direitos, pelo piso salarial, cumprimento da emenda constitucional estadual 95/18, pela continuidade das nomeações e colocamos nossos mandatos em defesa da educação e das trabalhadoras e trabalhadores do serviço público e contra ataques aos direitos em Minas e no Brasil. Lutaremos incansavelmente, e com lealdade, na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados".

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