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Pioneiras, mulheres estreiam no comando de órgãos importantes em Minas

Copasa, Detran e IML têm presidente e diretoras mulheres pela primeira vez

Minas Gerais|Do R7


Se há algumas décadas elas não tinham direito a ensino superior ou ao voto, hoje comandam alguns dos principais órgãos de Minas Gerais. O Departamento de Trânsito do Estado, o IML (Instituto Médico Legal) e a Copasa, empresa responsável pelas distribuição de água em Minas, têm, pela primeira vez na história, em seus cargos mais altos, três mulheres.

Sinara Meirelles, engenheira civil formada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), assumiu a estatal em meio a maior crise hídrica que Belo Horizonte já enfrentou. Com a promessa de uma gestão mais "transparente", a empresa passou a divulgar diariamente o nível dos reservatórios que abastecem a Grande BH.

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A presidente alertou a população poucos dias depois de tomar posse: se o consumo de água não for reduzido em 30%, a região metropolitana da capital vai adotar o racionamento do recurso a partir de maio. O pedido não surtiu tanto efeito: em janeiro, a demanda foi reduzida em apenas 9,4%. No Estado, nível ainda mais baixo: 7,4%.


Enquanto Sinara lida com um dos momentos mais delicados da Copasa, na Polícia Civil de Minas Gerais duas mulheres comemoram o pioneirismo de comandar dois órgãos estratégicos para a instituição: a delegada geral Andréa Vacchiano assume a direção do Detran (Departamento de Trânsito de Minas Gerais) e a médica legista Lena Tereza de Melo Lapertosa é a nova diretora do IML (Instituto Médico Legal).

Ineditismo


Quando tomar posse, no dia 11 deste mês, Andréa se tornará a principal autoridade de trânsito no Estado. O cargo, para ela, é um desafio.

— O Departamento de Trânsito é de extrema importância na minha vida profissional, conheço as potencialidades e problemas. Sei que podemos atender o cidadão com excelência, mas temos que melhorar cada vez mais. Quero realizar um sonho, que já está planejado e arquitetado num completo plano de ação para toda nossa equipe.


A delegada acredita que a presença feminina na polícia é um aspecto altamente positivo.

— A Polícia Civil é uma polícia judiciária, investigativa, com responsabilidades legais e regramentos específicos, por isso o olhar mais detalhista das mulheres, o cuidado e a delicadeza no exercício dessas funções só trazem benefícios. Atualmente, no Detran, há cerca de 800 servidores. Destes, mais de um terço são mulheres, que estudaram, fizeram concursos e foram aprovadas, por isto ocupam o lugar em que estão, porque fizeram por merecer.

Para o chefe da Polícia Civil, delegado-geral Wanderson Gomes da Silva, as duas novas diretoras são exemplos de como a instituição se fortalece com o trabalho e competência das mulheres.

— Entre policiais e servidores administrativos temos cerca de 12 mil funcionários, sendo que mais de três mil são mulheres. Temos delegadas, escrivãs, peritas, investigadoras e profissionais de várias outras áreas, sempre demonstrando que a mulher é capaz de contribuir, cada vez mais, com a segurança e com a sociedade.

Política

Na política mineira, a presença feminina, assim como em todo País, ainda é tímida. Na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa de Minas, cerca de 10% das cadeiras são ocupadas por vereadoras e deputadas. Na Câmara Municipal, o número é ainda menor: apenas uma mulher faz parte do legislativo.

No Senado, Minas, assim como outros 17 Estados, não tem nenhuma representante mulher.

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