A morte da psicóloga Marilda Matias Ferreira dos Santos, que completou um mês nesta semana, segue sem respostas. Ela foi encontrada amarrada e morta no porta-malas do próprio carro em Pouso Alegre, a 373 km de Belo Horizonte. Nesta quarta-feira (23), a Polícia Civil informou que não tem prazo para a conclusão do inquérito. Os investigadores seguem aguardando o resultado dos exames toxicológicos e clínicos, que têm um prazo médio de 30 dias mas podem demorar mais do que isso. Segundo a Polícia Civil, os agentes seguem realizando diligências e ouvindo pessoas próximas à psicóloga. O órgão também informou que, até o momento, tudo o que foi dito pelo marido da vítima foi confirmado. Os investigadores informaram que novos detalhes sobre o caso só devem ser divulgados após a conclusão do inquérito. Segundo eles, até o momento, nenhuma hipótese está descartada e não é possível falar em homicídio ou suicídio.Encontrada no porta-malasMarilda Matias Ferreira dos Santos, de 37 anos, foi encontrada pelo marido, de 62 anos, dentro do porta-malas do próprio carro no dia 22 de agosto. Aos militares, o homem relatou ter saído de casa na manhã de sábado (21) para trabalhar em uma fazenda na cidade de Careaçu, a 40 km de Pouso Alegre. Segundo ele, a esposa já estava acordada. Por volta de 10h30, a mulher mandou uma mensagem para o esposo dizendo que havia ido ao pet shop e, na volta, teria conseguido estacionar o carro de ré na garagem pela primeira vez. Uma hora mais tarde, ela avisou o marido que iria pegar a bicicleta de um amigo para fazer uma trilha em uma área de mata e que voltaria até às 18h. O homem voltou para casa às 16h30, mas Marilda ainda não estava em casa. Por volta das 20h, ele começou a procurar pela mulher em hospitais da cidade e na delegacia. Na manhã de domingo (22), o homem teria ligado para um amigo em comum, que afirmou ter falado no dia anterior com a psicóloga. Pelo telefone, Marilda teria afirmado que foi ameaçada por um grupo de homens na rua, enquanto ia ao pet shop. A mulher disse para o amigo que estava “sentindo medo” e que ia anotar a placa do carro dos suspeitos para registrar uma ocorrência. O marido de Marilda decidiu então entrar no carro da esposa para ver se ela havia anotado a placa do carro citado. Ao abrir o porta-malas, o homem teria encontrado a mulher, já morta, com os pés e as mãos amarrados. Logo depois, o homem acionou a Polícia Militar. A Polícia Civil esteve no local e não encontrou nenhum sinal de violência. No porta-malas, estavam um celular, um tablet, uma chave do carro, um capacete rosa, remédios e as cordas usadas para amarrar a vítima. Em entrevista exclusiva à Record TV, a mãe da vítima afirmou que não acredita na hipótese de suicídio. Segundo Luzia Matias, a filha teria relatado, 15 dias antes, que queria voltar para Bauru, no interior de São Paulo, para ficar mais perto da família. Porém, dias antes de ser encontrada morta, a mulher teria desinstalado o aplicativo de mensagens do celular e se afastado dos familiares.*Estagiário do R7 sob a supervisão de Lucas Pavanelli.