Polícia prende médico investigado pela morte de paciente durante retirada de DIU em MG
Caso aconteceu na cidade de Matozinhos, na região metropolitana de Belo Horizonte
Minas Gerais|Pablo Nascimento, Antonio Paulo e Gledson Leão, da Record TV Minas
A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (17), o cardiologista investigado pela morte de uma paciente durante procedimento para retirada de DIU (dispositivo intrauterino). O caso aconteceu no dia 4 de novembro, em Matozinhos, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Fontes ligadas à investigação relatam que o profissional foi preso a caminho de casa. O imóvel e a clínica, que já havia sido interditada, foram alvo de mandado de busca e apreensão.
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O delegado Cláudio de Freitas Neto explica que a prisão aconteceu em função de outro inquérito que o médico responde, por violação sexual mediante fraude. A denúncia foi feita em setembro deste ano. Ao todo, são cinco inquéritos abertos para investigar crimes sexuais denunciados por pacientes.
"Sobre a morte da paciente, a gente aguarda a conclusão dos exames laboratoriais para concluir qual a causa da morte e saber se realmente foi um homicídio culposo [quando não há intenção de matar] ou por algum outro procedimento", detalhou o chefe das investigações.
"A prisão foi necessária não só para garantir a ordem pública e evitar que ele possivelmente pratique os mesmos atos, mas também para garantir a instrução criminal. Há denúncia de que o investigado estaria ameaçando testemunhas e uma das vítimas", completou.
Segundo o delegado, o médico negou os crimes, mas confirmou a realização de exames ginecológicos.
Histórico
A Polícia Civil abriu investigação após a morte da dona de casa Jéssica Marques Vieira, então com 32 anos. Segundo denúncia da família, a mulher era acompanhada pelo médico devido a um quadro de sopro cardíaco. O profissional teria indicado o uso do DIU como método contraceptivo para evitar consumo de remédios devido à doença.
O mesmo médico foi responsável pelo procedimento de retirada do DIU, no último dia 4. Os parentes contaram que, na data, o médico relatou à família que o problema teria ocorrido após a aplicação da anestesia. A paciente foi levada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade, mas não resistiu.
Médico investigado por morte de paciente é suspeito de assediar sexualmente outras mulheres: