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Polícia resgata homem acorrentado por familiares em sítio de Minas

Vítima teria sido presa em um sítio na zona rural de Juiz de Fora na esperança de que deixasse o vício e foi resgatada pela polícia

Minas Gerais|Helen Oliveira, da Record TV Minas

A polícia resgatou um homem que estava sendo mantido em cárcere privado em um sítio, na zona rural de Juiz de Fora, a cerca de 260 km de Belo Horizonte. A própria família teria levado a vítima até o local, na esperança de que ele largasse o vício em drogas. A ação da polícia ocorreu na última sexta-feira (31).

Segundo o delegado Rogério Woyame, os policiais foram ao local após uma denúncia de que um homem estaria sendo mantido algemado no local.

— Quando chegamos no sítio não o encontramos e não vimos nada que chamasse atenção inicialmente. Mas, alguns minutos depois, uma pessoa chegou andando e, quando a abordamos, era a vítima que estavámos procurando. Ele confirmou que foi solto quando o suspeito viu a viatura chegando.

O homem de 32 anos foi levado ao pronto socorro com lesões pelo corpo e com o braço quebrado. Após receber o atendimento médico, foi encaminhado para a delegacia, ouvido e liberado para ficar com a família em Juiz de Fora. Ele foi orientado a buscar tratamento contra o vício.


Homem ficou acorrentado por cerca de 7 dias
Homem ficou acorrentado por cerca de 7 dias

De acordo com o delegado, a vítima é usuária de crack e tem diversas passagens por furto e roubo. Para tentar conter o homem, que muitas vezes ficava agressivo, a família o levou para o sítio e o manteve preso por cerca de sete dias. Os familiares podem responder pelo crime de maus-tratos qualificado.

— Vamos ouvir os familiares e identificar se algum deles o levou para o sítio, em quais circustâncias isso foi feito ou se algum parente sabia que ele estava passando por essa situação e não fez nada.


Segundo Woyame, dois funcionários do sítio que estavam no local também vão responder pelo crime.

— Como eles estavam, de alguma forma, cuidando deste homem, agiram de forma agressiva ou desproporcinal ao acorrentá-lo, eles vão responder pelos crimes de maus-tratos. Ele precisou colocar gesso por causa dessas fraturas e isso classifica o crime, fazendo com que a pena fique de 1 a 4 anos.

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