A Polícia Civil em Paracatu, cidade do Noroeste de Minas Gerais, a 483 km de Belo Horizonte, corre contra o tempo para concluir até o próximo dia primeiro de junho as investigações sobre a chacina em uma igreja, que deixou quatro mortos, na última terça-feira (21).
Como o suspeito foi preso em flagrante, a lei prevê que o inquérito seja concluído em 10 dias. Em conversa com o R7, a delegada Thays Regina Silva, responsável pela 2° Delegacia Regional de Paracatu, revelou que os trabalhos seguem em ritmo acelerado.
— Nós vamos trabalhar no final de semana para terminar as oitivas e apresentar o resultado do inquérito dentro do prazo.
O suspeito do crime, Rudson Aragão Guimarães, de 39 anos, está internado no Hospital Municipal de Paracatu. Ele foi atingido no braço esquerdo por um disparo de um policial que tentava detê-lo no dia do ataque.
Os militares chegaram na igreja Batista Shalom enquanto Guimarães ainda atirava contra fiéis. Imagens mostram o momento em que o homem arromba o portão do local e a abre fogo contra as pessoas. Três membros da igreja morreram. São eles:
• Rosângela Albernaz, de 50 anos
• Marilene Martins de Melo Neves, de 52 anos
• Antônio Rama, de 67 anos
Horas antes, Guimarães também teria matado a ex-namorada Heloísa Vieira Andrade, de 59 anos, com golpes de canivete, na região do pescoço. No momento do crime, Heloísa visitava a irmã do homem, que era amiga dela.
Testemunhas contaram à polícia que Guimarães invadiu a igreja gritando que estava em busca do pastor. O líder religioso fugiu pelos fundos e não foi atingido pelo atirador. Contudo, o pai dele, Antônio Rama, estava entre as vítimas.
Leia também
Em depoimento à Polícia Civil, o pastor disse que ele e Guimarães se desentenderam em um grupo de WhatsApp. O suspeito teria se exaltado após repreensões feitas pelo líder religioso e acabou sendo removido do grupo.
Os responsáveis pelo inquérito afirmam que a motivação do ataque ainda não foi definida.