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Policiais penais marcam assembleia para discutir greve em MG

Segundo o representante da categoria, serviços nas unidades prisionais podem ser suspensos a partir do fim de semana 

Minas Gerais|Ana Gomes, Do R7 com Luciana Hübner, Da Record TV Minas

Servidores fizeram ato em Belo Horizonte
Servidores fizeram ato em Belo Horizonte

Os rumos da greve, anunciada pelos servidores da Segurança de Minas Gerais nesta segunda-feira (21), devem ser decididos nos próximos dias. A AMASP (Associação dos Policiais e Servidores Prisionais), por exemplo, marcou uma assembleia, nesta quarta-feira (23), para discutir sobre a paralisação.

"Diante do fato, no dia de amanhã (23), vai ser deliberada uma nova assembleia com indicativo de greve, onde o governador irá ver a real força que existe entre as forças de segurança", afirma o presidente da associação, Luiz Gelada.

Ainda segundo o representante da categoria, a previsão é que, a partir de sábado (26), serviços como visitas e banhos de sol nos presídios sejam suspensos.

“O sistema prisional, de imediato, já está com indicativo de greve. Então, já no fim de semana, todas as 182 unidades não terão visitas, atendimento de advogados, entre outros serviços. Apenas a segurança e os atendimentos de urgência serão mantidos", relata. 


Apesar de não ter sido definido quantos servidores irão aderir ao movimento grevista, na Polícia Militar, os oficiais já foram orientados a sair dos grupos de aplicativo como as redes de vizinhos protegidos, o que deve impactar no atendimento à população.

"Esse movimento vai refletir na segurança. A sociedade já vai sentir o impacto a partir de hoje (22)", alerta o presidente da Aspra (Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares), Héder Martins.


Greve dos servidores

Após o protesto dos servidores da Segurança de Minas Gerais, que aconteceu nesta segunda-feira (21), em Belo Horizonte, os policiais militares, penais, civis e bombeiros anunciaram greve a partir desta terça-feira (22).


A Aspra-MG (Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais) e o Sindpol (Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais) afirmaram que os agentes vão cumprir a escala mínima de 30% do efetivo em campo.

Os servidores prometem manter a paralisação até que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), envie à ALMG (Assembleia Legislativa Estadual) o projeto de recomposição salarial. 

Os trabalhadores cobram duas atualizações de 12% que foram prometidas pelo governo para os anos de 2021 e 2022, mas que não ocorreram. Segundo a Aspra, o estado sugeriu substituir os ajustes por uma atualização de 10% para todos os servidores, caso seja aprovada a adesão ao RRF (Regime de Recuperação Fiscal), programa federal que visa ajudar o estado a colocar as contas em dia.

A categoria também questiona a tentativa de adesão ao RRF e temem perdas salariais com o programa.

Procurado, o Governo de Minas informou que "confia que os integrantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e da Polícia Penal não deixarão os mineiros sem a prestação de serviços essenciais para a garantia da ordem e segurança da sociedade".

O Estado ainda reforçou que reconhece a necessidade de recomposição salarial da categoria e que se mantém aberto ao diálogo.

"Reafirmamos que a renegociação da dívida bilionária com a União, por meio do plano de recuperação fiscal, permitirá uma nova recomposição dos salários dos profissionais de segurança, mas continuamos em busca de outras alternativas para conseguir fazer a reposição das perdas inflacionárias", completou.

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