Servidores da Segurança de MG protestam por melhores salários
De acordo com organizadores da manifestação, cerca de 25 mil profissionais se reuniram no centro de Belo Horizonte
Minas Gerais|Ana Gomes, Do R7 com Mayara Folco, Da Record TV Minas
Um grupo de servidores da Segurança de Minas Gerais protestam, nesta segunda-feira (21), em Belo Horizonte. Segundo organizadores do ato, cerca de 25 mil profissionais reivindicaram pela recomposição salarial para a categoria.
O ato começou às 9h, na Praça da Estação. Por volta de 11h, os manifestantes saíram em direção à Praça Sete, também na região central, e seguiram até a Praça da Assembleia, onde finalizaram o protesto.
O trânsito na avenida Afonso Pena, uma das principais vias da cidade, chegou a ficar fechado, mas já foi liberado.
Segundo o presidente da Aspra-MG (Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais), sargento Marco Antônio Bahia, 105 ônibus e 45 van com 7.000 servidores do interior de Minas chegaram na capital mineira nesta manhã. Os demais membros são de BH e da região metropolitana. Servidores do Corpo de Bombeiros e das polícias Militar, Civil e Penal participam do ato.
Reivindicações
Os membros das forças de Segurança reivindicam atualização salarial para a categoria. "Nós fizemos um acordo em que o governo havia prometido que seria feito um reajuste na recomposição salarial de três vezes, uma de 13% em 2020, uma de 12% em 2021 e outra de 12% em 2022. O que estamos reivindicando é que se cumpra esse acordo. Só a parcela de 13% foi cumprida até hoje", detalha o sargento Bahia.
Ainda segundo o militar, no lugar das duas atualizações salariais de 12%, o governo ofereceu um reajuste de 10,8%, acompanhando a inflação, para todos os servidores de todas as pastas.
A categoria também questiona a tentativa de adesão ao RRF (Regime de Recuperação Fiscal), programa federal que visa ajudar o Estado a colocar as contas em dia. Os agentes temem perdas salariais com o programa.
O Governo de Minas afirmou que a adesão ao RRF vai dar "condições de aplicar a recomposição da inflação nos salários de todas as categorias do funcionalismo público, e dar continuidade ao pagamento das dívidas herdadas, como os repasses para os municípios e os depósitos judiciais".
A gestão de Romeu Zema (Novo) ainda informou que realizou a recomposição de 13% para a Segurança Pública, em 2020, "mesmo diante a todas as dificuldades financeiras enfrentadas e aprofundadas pela crise sanitária da pandemia".