A Prefeitura de Belo Horizonte e a Caixa Econômica Federal assinaram nesta terça-feira (8) um convênio no valor de R$ 200 milhões para a realização de obras contra enchentes na região de Venda Nova.
Conforme o contrato, os recursos começarão a ser pagos em setembro de 2021 e a prefeitura terá 10 anos para quitar os valores. As obras começam no ano que vem.
O objetivo é melhorar o sistema de drenagem dos córregos Vilarinho e Nado e do ribeirão Izidoro. A região de Venda Nova vem sofrendo com enchentes durante o período chuvoso nos últimos anos. Em 2018, o prefeito Alexandre Kalil assumiu a responsabilidade pelas mortes de duas pessoas na avenida Vilarinho. Elas foram arrastadas pela enxurrada após um temporal.
Um ano depois daquela declaração, o prefeito admitiu que as obras estavam atrasadas.
Nesta terça-feira (8), Kalil afirmou que o dinheiro das obras está "carimbado".
- Um dia isso teria que começar. Qual o prefeito que irá inaugurar, não interessa. O dinheiro está carimbado. As obras começam ano que vem, independentemente do prefeito que estará sentado na cadeira.
Obras
As obras têm previsão de duração de dois anos e meio, a partir do seu início.
De acordo com o secretário de Obras, Josué Valadão, a região de Venda Nova é afetada pelo encontro das águas de dois córregos, Nado e Vilarinho, que se encontram próximo à estação de metrô Vilarinho, em Venda Nova. Essa região enfrenta diversas ocorrências de enchentes e enxurradas durante o período chuvoso, que começa, em geral, no mês de outubro e vai até março.
Segundo Valadão, serão feitas 12 obras, algumas já em andamento, em toda a região.
- Com essa assinatura, vamos dar partida aos dois marcos mais importantes dessas 12 fases. É a construção de dois grandes reservatórios, profundos, que vao ficar ao longo das avenidas Vilarinho e 12 de outubro.
De acordo com Josué Valadão, cada reservatório terá 34 metros de profundidade e irá coletar o excesso de água da chuva e, mais tarde, bombeá-la para a rede de drenagem.