Prefeito explica que caução faz parte do contrato
Amira Hissa/PBHO prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou, nesta quinta-feira (13), que tenta liberar um caixa caução que a prefeitura tem das empresas de ônibus para viabilizar o retorno das linhas que paralisaram desde o início desta manhã.
De acordo com o político, a conta tem R$ 4,3 milhões que devem ser usados pelas companhias em momentos de emergência, como a suspensão realizada hoje por falta de combustível. As empresas alegam falta de dinheiro e colapso financeiro.
Kalil ressaltou que o recurso está previsto no contrato das empresas com a prefeitura, mas afirmou que vai aguardar aval do Ministério Público, até o final do dia, para liberar o dinheiro.
"Sem aval do MP, o prefeito não vai assumir esse tipo de coisa. Como é contratual, a Procuradoria [do Município] nos dá tranquilidade", afirmou. "Esse dinheiro não é da prefeitura. Não pode ser usado pela prefeitura. Ele é um caução que as próprias empresas colocam na prefeitura para que, em horas como estas, seja usado", concluiu.
Caso o valor seja liberado, a empresa que suspendeu as atividades se comprometeu a retomar as atividades já nesta sexta-feira (13). Ao menos 88 veículos pararam, afetando 26 linhas. De acordo com as empresas de ônibus, apenas a Transoeste, que suspendeu as atividades hoje, gasta em média R$ 50 mil por dia com combustível.