Minas Gerais Presidente da ALMG avalia que Regime de Recuperação Fiscal não será eficaz contra crise em MG

Presidente da ALMG avalia que Regime de Recuperação Fiscal não será eficaz contra crise em MG

Deputado Tadeu Martins Leite alerta que negociação vai adequar valor de parcela bilionária e não quitar dívida total

  • Minas Gerais | do R7, Vinícius Rangel, da Record TV Minas

Presidente da ALMG cobrou mais medidas

Presidente da ALMG cobrou mais medidas

Divulgação / ALMG / Daniel Protzner

O presidente da ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais), deputado Tadeu Martins Leite (MDB), avalia que a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal não será suficiente para quitar a dívida bilionária do estado com a União.

Na tarde desta terça-feira (23), o legislador cobrou medidas complementares ao projeto e disse que o parlamento vai debater o tema com "exaustão". 

A dívida atual do estado é de R$ 165,5 bilhões. Do total, R$ 156,2 bilhões (94%) são de débitos junto à União. Na avaliação de Leite, o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) vai ajudar o governo estadual a conseguir pagar o parcelamento mensal de quase R$ 15 bilhões, mas não vai quitar o montante final.

“Os valores que não serão pagos nesses próximos nove anos vão ser jogados para frente, aumentando a dívida de Minas. Mas nesse momento a discussão do plano é a única opção apresentada", comentou.

“O plano apenas posterga a dívida. Daqui a nove anos, um novo presidente da Assembleia estará discutindo com um novo governador do Estado esse mesmo problema ou talvez pior”, completou.

O programa é uma iniciativa do Governo Federal que visa ajudar os Estados a colocar as contas em dia. Em contrapartida, os governos estaduais devem adotar medidas de conteção de despesas.

Nesta terça-feira (24), uma audiência pública será realizada com a presença da Secretária de Planejamento, Luísa Barreto, e do Secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa. Eles responderão às perguntas dos deputados e dos cidadãos sobre o regime de negociação da dívida. A expectativa é que na quarta-feira (25) o projeto esteja na Comissão de Constituição e Justiça e comece a tramitar oficialmente na casa.

Procurado, o Governo de Minas não se manifestou sobre as declarações do presidente da ALMG.

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