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Professores da educação estadual de Minas decidem manter greve

Paralisação que teve início no dia 9 continua por tempo indeterminado; servidores pedem o cumprimento do piso salarial

Minas Gerais|Dara Russo*, do R7

Após a decisão, categoria organizou ato no centro de BH
Após a decisão, categoria organizou ato no centro de BH

Os servidores da Rede Estadual de Educação de Minas Gerais anunciaram, nesta quarta-feira (23), que a greve da categoria está mantida por tempo indeterminado.

A decisão foi aprovada em uma assembleia realizada pelo Sind-UTE/MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais). Os trabalhadores, que estão em greve desde o último dia 9, cobram do governo Zema a aplicação dos reajustes do Piso Salarial Profissional Nacional.

Atualmente, de acordo com o sindiccato, o valor mínimo que um professor dos anos iniciais deve receber é R$ 3.845,63, mas em Minas Gerais a remuneração é de R$ 2.135,64. "Desde 2019, a direção do Sindicato realizou 19 reuniões com a Secretaria de Estado de Planejamento de Gestão. Encaminhamos 39 documentos ao governo Zema cobrando a aplicação correta dos recursos da Educação e dos reajustes do Piso. Em nenhum momento uma proposta foi apresentada", informou o Sind-UTE/MG em nota.

O Sind-UTE/MG destaca ainda que não abrirá mão do Piso e toda a categoria se mobiliza para cobrar dos deputados e das deputadas estaduais a aprovação das emendas ao PL 3.568/22, que resguardam o Piso Salarial da Educação.


Nesta quinta-feira (24), a greve completará quinze dias. O sindicato da categoria afirma que o movimento atinge 85% da Rede Estadual de Educação. Após a realização da assembleia, a categoria realizou uma manifestação até o centro de Belo Horizonte.

No dia 9 de Março, o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) determinou o fim da greve dos professores estaduais e, em caso de desrespeito à decisão, seria aplicada uma multa diária de no valor de R$ 100.000,00. Por meio de nota, a corte afirmou que o sindicato recorreu da decisão. "O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação entrou com recurso e o processo está concluso com o relator, desembargador Raimundo Messias Junior, portanto ainda não houve cobrança de multa", pontuou o TJMG em nota.


A reportagem do portal R7 entrou em contato e aguarda um posicionamento do Governo de Minas sobre a decisão da categoria. 

*Estagiária sob supervisão de Bruno Menezes

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