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Professores da rede pública de Belo Horizonte seguem em greve

Decisão em favor da paralisação, que já dura 13 dias, foi votada nesta terça (29); categoria fará novos protestos nesta semana

Minas Gerais|Dara Russo*, do R7

Categoria se manifestou durante a posse do novo prefeito, Fuad Noman
Categoria se manifestou durante a posse do novo prefeito, Fuad Noman Categoria se manifestou durante a posse do novo prefeito, Fuad Noman

Os servidores da rede de educação municipal de Belo Horizonte anunciaram, nesta terça-feira (29), que continuarão em greve até, pelo menos, a próxima sexta-feira (1º). A decisão foi votada em uma assembleia da categoria, que já está de braços cruzados há treze dias.

Também foi determinada na reunião a data da nova manifestação dos servidores, que acontecerá na quinta (31) às 14h, na Praça Sete, região central da capital. Além das reivindicações quanto ao pagamento do piso salarial, os servidores protestam contra a violência da guarda municipal, após um professor ter ficado ferido durante o último ato.

A manutenção da greve poderá ser revista na sexta-feira (1º), quando uma nova assembleia será realizada na porta da Prefeitura de Belo Horizonte.

Em nota, a PBH afirmou que "todas as alternativas foram apresentadas à categoria e não há margem para gastos extras que comprometam a saúde fiscal do município". O execeutivo municipal ainda ressaltou que se reuniu por quatro vezes com o Sind-REDE/BH (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH) nos três primeiros meses de 2022 e informou que "o município sempre esteve aberto ao diálogo, mas não aceitará manobras e pressões políticas".

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"Hoje, dia 29, o prefeito Fuad Noman recebeu uma carta das mãos de uma representante do SindRede-BH durante a cerimônia de posse na Câmara, sinalizando que a administração continuará o trabalho de escuta", completou a prefeitura.

A greve

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Atualmente o salário no primeiro nível para professores em Belo Horizonte é de R$2.473,38, enquanto o piso nacional pede uma remuneração de R$3.845,63. No dia 8 de março, os trabalhadores avaliaram os pontos da proposta apresentada pela prefeitura. O município ofereceu um reajuste de 11% dividido de duas vezes, que foi recusado pela categoria. Os trabalhadores exigem negociação em torno de uma proposta que contemple a recomposição do piso, mas que também reflita sobre toda a carreira. A paralisação foi oficialmente iniciada no dia 16 de março.

Segundo o Sindicato, se essa proposta continuar sendo aplicada a cada vez que o piso for reajustado, em menos de 10 anos o piso chegará ao último nível, achatando a carreira de tal forma que o piso será transformado em teto. Em outras palavras, a carreira da Educação municipal terá apenas um nível e isso fará com que todos os educadores recebam o mesmo salário, independente da formação ou tempo de serviço. "Isso é um retrocesso sem precedentes. Para que haja valorização dos trabalhadores, o reajuste do piso deve estar atrelado a carreira da educação.", afirma o Sindicato.

*Estagiária sob supervisão de Vinícius Rangel

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