Professores protestam após Zema sinalizar veto de reajuste salarial
Com impasse entre categoria e governo, greve continua; reajuste de 33,4% foi aprovado por deputados nesta quarta (30)
Minas Gerais|Gabriel Rodrigues, Da RecordTV Minas
Os servidores da Educação Básica de Minas Gerais entraram em greve nesta quinta-feira (31). A categoria também organizou um protesto em frente às escadarias da ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) durante a tarde.
A mobilização teve início após uma publicação do governador Romeu Zema (Novo) nas redes sociais que sinalizou o veto do reajuste salarial de 33,4% aprovado pelos deputados estaduais na noite desta quarta-feira (30).
A presidente do Sindespe-MG (Sindicato dos Profissionais de Especialistas em Educação do Ensino Público do estado), Carmen Teixeira, informa que a greve foi deflagrada em assembleia realizada no último dia 24. "Os especialistas em Educação Básica estão prejudicados e excluídos no tocante à educação pública. A alteração das leis e o reajuste do piso salarial devem ser concedidos de forma imediata, sob pena de maior sucateamento da educação básica no estado", alega a presidente.
Além da insatisfação com a afirmação de Zema, os trabalhadores, que vieram à capital de diversas cidades mineiras, têm uma lista extensa de reivindicações. A principal delas é o combate ao regime de recuperação fiscal, que impediria a recomposição salarial baseada no piso nacional.
"É preciso estabelecer tabela remuneratória específica do especialista, compatível com a complexidade da função e como já acontece com as demais categorias do setor", afirma o advogado do Sindespe-MG, Ivarleno Teles. Os profissionais também requerem a reposição de perdas salariais de 2017 (7%), 2018 (6,18%), 2019 (4,17%) e 2020 (12,84%).