A prefeitura de Belo Horizonte anunciou nesta terça-feira (2) que as águas da Lagoa da Pampulha agora apresentam qualidade suficiente para a prática de esportes náuticos e navegação. A declaração aconteceu no mesmo dia em que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigou irregularidades na limpeza do local recomendou o indiciamento de 11 pessoas por supostas falhas.Segundo a prefeitura, a conclusão foi baseada em uma análise técnica realizada com amostras coletadas no dia 3 de junho, abrangendo os meses de março a maio deste ano. Todos os 27 parâmetros analisados mostraram resultados positivos, com destaque para a presença de indicadores patogênicos: a Lagoa apresentou um índice de 220 NPM/100 ml de E. Coli, bem abaixo do limite de 2,5 mil NPM/100 ml.“Para se ter uma ideia, o Rio Sena, em Paris, apresentou recentemente resultados superiores a 1.000 NPM/100ml, o que inviabiliza a prática de competições do triatlo e maratona aquática, e foi um alerta para os organizadores das Olimpíadas de Paris, que acontecerá daqui a menos de 30 dias.”, comparou o comunicado da prefeitura de BH.“É fundamental compreender que, mesmo com indicadores de qualidade da água da Lagoa da Pampulha com limites compatíveis à classificação de Classe 3, ela continuará sujeita a variações em sua qualidade, pois trata-se de um lago urbano, que sempre será afetado por fontes poluidoras. Entre elas, a poluição difusa em função da lavagem do solo pelas chuvas, eventuais vazamentos no sistema de esgotamento sanitário, lançamento de efluentes domésticos e/ou industriais clandestinos) que podem superar a sua capacidade de autodepuração. Assim, variações localizadas e momentâneas de qualidade de água no reservatório podem ocorrer”, completa o texto.