Após mais de cinco horas, nesta sexta-feira (1º), terminou sem decisão a reunião na Câmara Municipal de Belo Horizonte que decidiria eventual abertura de processo de cassação dos vereadores Marcos Crispim (Podemos) e do presidente Gabriel Azevedo (sem partido). A previsão é que o tema volte à pauta na próxima segunda-feira (4). O pedido de cassação do mandato de Azevedo foi feito pela deputada federal Nely Aquino (Podemos). A parlamentar alega que o presidente do legislativo quebrou o decoro da Casa por, supostamente, cometer abuso de poder, atuação irregular em CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e agressões verbais contra vereadores. A denúncia contra Azevedo ainda pedia o afastamento dele da cadeira de presidente durante curso de eventual processo. O tema foi parar na Justiça, já que o vereador alega que não há previsão legal para tal decisão. No fim da noite desta quinta-feira (31), um juiz de primeira instância havia proibido a Câmara de votar o afastamento. A decisão foi revertida por um desembargador do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) durante a tarde de sexta-feira. No final da noite, um novo despacho vindo do TJMG voltou a proibir a avaliação do afastamento. A cassação, no entanto, pode ser votada. A denúncia contra Crispim foi protocolada por Guilherme Barcelos, assessor do presidente Gabriel Azevedo. Barcelos foi acusado de ter invadido o gabinete de Crispim e usado a senha no sistema eletrônico da Câmara para arquivar uma denúncia contra Gabriel Azevedo. Barcelos, então, apresentou uma denúncia por "denunciação caluniosa".Especialista avalia pedidos de afastamento e cassação do presidente da Câmara de BH: