Samu de BH aumenta em 6 vezes atendimentos a suspeitos de covid
Na primeira semana da pandemia, foram registrados 123 atendimentos e, na semana passada, foram 740; Belo Horizonte já registra 399 óbitos
Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7
Os atendimentos do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) em Belo Horizonte aumentaram em 6 vezes entre a primeira semana da pandemia na capital mineira e a última semana.
Pela primeira vez, a Prefeitura de Belo Horizonte divulgou a quantidade de atendimentos semanais realizados pelo Samu na capital mineira. Na semana de 15 a 21 de março, foram realizados 123 atendimentos suspeitos para covid-19. Essa semana marcou o início do isolamento social decretado pelo Executivo municipal.
Dezessete semanas depois, na semana de 12 a 18 de julho, foram 740 atendimentos nas mesmas condições. As informações estão disponíveis no boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (22).
Pela primeira vez nas últimas dez semanas, o número de atendimentos do Samu a casos de suspeitas de covid-19 caiu. Na semana de 5 a 11 de julho foram 774 atendimentos e, na semana passada, 740.
O boletim epidemiológico também divulgou o total de atendimentos nos últimos três dias. Somados, no domingo, segunda-feira e terça-feira, foram realizados 202 atendimentos.
Sobrecarga
Em junho, profissionais da saúde municipal denunciaram que o sistema de atendimento estava sobrecarregado e que o Samu estaria transportando até dois pacientes, inclusive idosos, com suspeita de covid-19, em uma mesma ambulância em Belo Horizonte.
Na ocasião, o diretor regional do Samu de Belo Horizonte confirmou a informação e disse que há um protocolo "excepcional" durante a pandemia. Segundo Gilson Lage, esse tipo de viagem ocorre em situações em que ambos "estejam saindo de uma mesma unidade e serão internadas em uma mesma unidade".
Números
Belo Horizonte chegou, nesta quarta, a 399 óbitos causados pela covid-19. Foram 14 mortes registradas nas últimas 24 horas. O número de casos chegou a 15.051 em toda a capital mineira.
A taxa de ocupação de leitos de UTI voltou a cair, passando de 91% para 89%. No caso da enfermaria, a ocupação recuou de 78% para 77%.