Servidores da Segurança protestam por aumento de salário em MG
Agentes fizeram ato na região central de Belo Horizonte; alguns agentes desobedeceram ordem judicial e levaram arma para o local
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7, com Priscilla de Paula, da Record TV Minas
Agentes de segurança realizam um protesto na região central de Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira (9), cobrando reajuste salarial.
A reportagem apurou que alguns policiais contrariaram uma determinação do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais e levaram armas para o local.
A decisão também impede a "queima de objetos, porte e utilização de quaisquer espécies de armas, foguetes ou bombas pelos manifestantes". No entanto, foguetes foram usadas no movimento. O barulho de bombas pode ser ouvido desde o começo da manhã
Vários ônibus trouxeram manifestantes de diferentes cidades para participar do segundo protesto da categoria desde o início do estado de grave, que começou no dia 21 de fevereiro. O organizadores calculam que o primeiro ato reuniu quase 30 mil pessoas na cidade.
Pedidos
A manifestação reuniu policiais militares, civis, penais e bombeiros que questionam o Governo Estadual por deixar de fazer dois ajustes de 12% salariais prometidos pelo governador Romeu Zema (Novo).
O governo diz que reconhece a necessidade do reajuste, mas não pode dar, agora, o índice reivindicado, porque está no limite legal do orçamento e ofereceu aumento de 10%, até a aprovação do chamado Regime de Recuperação Fiscal, na ALMG (Assembleia Legislativa de Minas). A gestão Zema ainda não comentou sobre a manifestação realizada nesta quarta.
Reflexos
Representantes das categorias dizem que, com o impasse, não há chance de manter o trabalho como vinha sendo feito.
O Presidente do sindicato dos policiais penais, que representa trabalhadores de 182 unidades prisionais no estado, reconhece que a falta de acordo já está provocando impacto nas unidades.
Pela Constituição, policiais e bombeiros não podem fazer greve, mas as categorias se recusam a usar o termo. Elas afirmam que estão cumprindo o que a lei determina e mantendo as operações mínimas.