Sobem para nove as mortes de cães por suposta intoxicação
Casos foram notificados em Minas Gerais e em São Paulo, após os animais consumirem petiscos da mesma marca
Minas Gerais|Luiz Casoni, da Record TV Minas
Subiu de quatro para nove o número de mortes de cães investigadas por suposta intoxicação causada após o consumo de petiscos. Além dos casos já registrados em Minas Gerais, moradores de São Paulo também relataram o problema. O caso foi revelado pela Record TV Minas.
Segundo a Polícia Civil, todos os cães comeram petiscos de uma mesma marca , mas de lotes diferentes Um laudo preliminar da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) aponta contaminação por etilenoglicol, também conhecido como monoetilenoglicol, uma das substâncias que também foram encontradas nas cervejas contaminadas da Backer, em 2020.
A delegada Danúbia Quadros, responsável pelo caso, explica que só vai bater o martelo sobre a causa dos óbitos após os laudos da polícia científica.
Outros seis animais também teriam passado mal após o consumo dos petiscos. Eles sobreviveram. Os principais sintomas apresentados pelos cães foram convulsão, diarreia, vômito e prostração.
Das nove mortes, seis são em Belo Horizonte, uma na cidade de Piumhi, no centro-oeste de Minas Gerais, e duas em São Paulo.
Três produtos diferentes, da mesma fabricante, foram apontados com suspeita de contaminação. Os produtos foram recolhidos para perícia. Ainda não há um prazo para a conclusão dos laudos.
A delegada orienta aos donos de animais a observarem os sintomas dos bichinhos e procurarem a policia. "Os tutores com cães passando mal, apresentando os sintomas, devem procurar a delegancia. Não adianta ficar só divulgando em rede social. Sem o produto e o cachorrinho, a gente não consegue aferir os casos", disse Danúbia.
A reportagem fez contato com a empresa e aguarda posicionamento sobre os novos casos. Em relação ao início da investigação, à época, a Bassar Pet Food afirmou que o "petisco está sendo retirado do mercado e passando por análise laboratorial". A companhia, no entanto, ressaltou que "autoridades sanitárias estiveram na empresa e atestaram que a mesma atende a todas as normas de produção e segurança alimentar e que não há contaminação dentro da fábrica".
"Reiteramos que o etilenoglicol, apontado como possível causa do problema de saúde dos cães, não é utilizado na produção de nenhum de nossos produtos. A Bassar Pet Food preza pela qualidade de seus produtos e pelo bem-estar e satisfação de seus clientes", completou a empresa.
O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) também investiga o caso.