Eduardo Gomes Moraes, uma das seis pessoas surpreendidas por uma tromba d'água enquanto faziam rapel numa cachoeira em São João Batista do Glória, no Sul de Minas Gerais, está vivo — o único sobrevivente. Todos os corpos já foram resgatados do local pelo Corpo de Bombeiros. Os militares precisaram usar um helicóptero, pois a região é de difícil acesso. Trata-se de uma cascata numa área privada, onde uma placa proíbe a entrada de estranhos. Muitos banhistas, como o grupo de amigos que praticavam rapel, ignoram o aviso.Cinco jovens morrem em cachoeira de Minas durante temporal A vitória de Moraes contra a tromba d'água, causada por um temporal que aumentou o nível do rio em poucos minutos, está sendo bastante comemorada por amigos e parentes. Mas dúvidas precisam ser respondidas. Num primeiro momento, a preocupação das autoridades que apuram o caso é com a saúde do sobrevivente. Por isso, ele foi encaminhado a uma unidade de saúde da cidade de Passos, também no Sul de Minas Gerais, onde mora.Temporada de chuva em Minas Gerais deixa ao menos 14 mortos Passos está a cerca de 15 quilômetros de São João Batista do Glória, onde Moraes e amigos foram praticar rapel. Segundo o Corpo de Bombeiros, Moraes teria se agarrado a uma pedra durante o temporal. Após conseguir vencer a correnteza, o sobrevivente teria se embrenhado na mata. Passou a noite de sábado, o domingo e a segunda-feira na área rural. Nesta terça-feira, conseguiu chegar a uma fazenda, onde pediu socorro. Conforme o coronel Giuvane Barbosa de Morais, responsável pelos trabalhos de buscas, a família teria contado à corporação que buscou Moraes neste imóvel rural, após receber um telefonema dos proprietários. Ele teria apenas escoriações, mas estava bastante fraco. Leonardo, irmão de Moraes, comemorou a boa notícia numa rede social: "Obrigado, meu Deus. Graças a Deus meu irmão tá vivo. Acabou de chegar em casa".Leia mais notícias sobre Minas Gerais no R7 A história, entretanto, ainda tem lacunas. Os bombeiros querem saber, por exemplo, como um parente de Moraes acompanhou as buscas dos militares, nesta terça-feira, no mesmo horário, supostamente, em que outros familiares foram ao encontro do sobrevivente na fazenda. De qualquer maneira, a noite será de alívio para a família Moraes, que, desde sábado, sofria com a falta de informação do praticante de rapel.