Suspeita de matar avó se passava pela vítima para ocultar crime
Corpo de Elizabeth Martins Augusto Amorim, de 57 anos, foi encontrado na casa onde ela morava com a neta, em um condomínio, em Belo Horizonte
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7, com Record TV Minas
A adolescente de 17 anos apreendida suspeita de matar a avó e esconder o corpo na casa em que elas viviam, em Belo Horizonte, se passou pela vítima desde quando teria cometido o crime, em janeiro deste ano.
Segundo o tenente Thiago Resende, da PM (Polícia Militar), a jovem confessou o assassinato e relatou que usava o celular da avó para responder mensagens enviadas por familiares e, assim, evitar que o crime fosse descoberto.
— Segundo ela mesma, ela levou a vida normalmente durante dois meses. Inclusive fez festas na casa, levou amigos, utilizou o celular da avó para ninguém desconfiar.
Crime
O corpo de Elizabeth Martins Augusto Amorim, de 57 anos, foi encontrado no quarto dela, em avançado estado de decomposição, nesta segunda-feira (4). A mulher vivia com a neta em um condomínio de classe média alta, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.
Uma das filhas da vítima, que não via a mãe há dois meses, foi quem acionou a polícia. A casa estava revirada, com vários objetos fora do lugar.
— A filha não conseguia entrar na casa, chamou um chaveiro, percebeu que a casa estava bagunçada e com odor forte. O corpo foi encontrado no quarto enrolado em um lençol.
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Dentro da banheira da suíte, foi encontrada uma faca, possivelmente usada para cometer o crime. A janela estava fechada e a porta trancada, isolada com uma lona. No porta-malas no carro da vítima, havia um lençol sujo de sangue.
Após o corpo ser descoberto, R. C. A. M. pediu abrigo na casa de parentes, mas foi detida nesta terça-feira (5). De acordo com a PM, a adolescente relatou que se desentendeu com a avó, que é considerada mãe de criação, quando chegou de uma festa durante a madrugada.
— Segundo a jovem, a avó estava com uma faca. Ela disse que tomou o objeto da avó e a esfaqueou três vezes, entrou em desespero e tentou ocultar o corpo.
Os filhos de Elizabeth relataram à polícia que a neta e a avó tinham uma boa relação. A vítima recebia uma pensão de cerca de R$ 30 mil, do ex-marido falecido, que era coronel da corporação. A jovem era responsável por administrar as contas da casa.
— Ela cuidava das questões financeiras da vítima, inclusive usando cartão dela.
R. C. A. M foi detida na Divisão de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente e deve ser apresentada à Justiça nesta quarta-feira (6). As investigações seguem com a Polícia Civil, que apura a participação de outras pessoas no crime. Em depoimento, a jovem disse que agiu sozinha.