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Trabalho remoto deve continuar após pandemia, diz especialista

Empresário da área segurança de dados aponta que o home office gera economia para empresas e, em muitos casos, aumenta a produtividade

Minas Gerais|Célio Ribeiro*, do R7

Home office deve continuar após a pandemia
Home office deve continuar após a pandemia

O impacto da pandemia do novo coronavírus no esquema de trabalho das empresas fez do home office, ou trabalho à distância, o modelo ideal para garantir o funciamento das atividades.

No entanto, com a necessidade urgente da implantação do regime, o planejamento acabou sendo atropelado pela pressa. 

Apesar da resistência inicial, a expectativa é de que o trabalho à distância continue mesmo após a pandemia. É o que o diz o empresário especialista em infraestrutura de redes Sérgio Willcox Jr., que presta serviços de segurança de dados de forma remota há quase duas décadas.

Segundo Willcox, a transição “compulsória” para o trabalho à distância mostrou ao empresariado que o regime pode beneficiar tanto as empresas quanto os seus colaboradores. De acordo com a especialista, a economia é a principal vantagem do sistema.


Veja: Home office e horário flexível viram trunfos para atrair profissionais

— O empregador economiza com os gastos, principalmente de aluguel e manutenção. Já o empregado tem maior comodidade, economiza tempo. Além disso, a possibilidade de organizar o espaço de trabalho da sua forma pode contribuir com a produtividade.


Requisitos

Com o trabalho em casa, o colaborador não tem mais a necessidade de se deslocar até o serviço e, assim, o empresário fica desobrigado de pagar o vale transporte. Mas, segundo Willcox, o home office traz outras demandas para o empregador, principalmente na questão da infraestrutura.


— As empresas precisam fornecer as ferramentas de acesso, com notebook, e também uma forma de comunicação por áudio, seja o telefone convencional ou outra opção online.

Produtividade pode aumentar ao trabalhar em casa
Produtividade pode aumentar ao trabalhar em casa

O especialista em redes diz que a empresa não deve ser obrigada a custear o serviço de internet do funcionário, mas acredita que é justo dar algum tipo de contribuição nesse quesito. Até porque, segundo Willcox, a internet brasileira é cara e de qualidade questionável, e o trabalho a distância requer uma conexão de alta velocidade.

— A tarifa de internet é muito alta e a velocidade é péssima, se comparada com os Estados Unidos, por exemplo. Isso não favorece o home office

Transição

Sérgio Willcox Jr. conta que, desde março, tem ajudado empresas brasileiras a colocar seus funcionários para trabalhar de forma remota. Ele afirma que não existe uma receita de bolo pronta e que cada caso precisa ser analisado separadamente, mas algumas etapas são essenciais para todas as empresas.

— O primeiro de tudo é definir a plataforma que será usada para o trabalho remoto. Existem várias opções no mercado. Depois é preciso definir o meio de comunicação e criar uma forma de controle e acompanhamento da produtividade.

Segurança de dados é primordial para o home office
Segurança de dados é primordial para o home office

Segurança

Uma das etapas mais essenciais do processo de transição para o home office, para Willcox, é a segurança das informações. Criminosos passaram a invadir os bancos de dados e roubar dados importantes, como senhas de banco. O especialista aponta que um planejamento cuidadoso pode evitar grandes prejuízos.

— Tivemos casos de empresas que tiveram seus dados invadidos e então os golpistas fizeram empréstimos em bancos e pediram depósitos para clientes. Um prejuízo grande, mas que poderia ser evitado.

*Estagiário do R7 sob a supervisão de Flavia Martins y Miguel.

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