Hospital Regional separou 12 leitos para receber pacientes vindos de Manaus
Reprodução/Google MapsO Hospital Regional de Uberaba separou uma ala para receber 12 pacientes que serão transferidos, neste sábado (23), de Manaus para a cidade do Triângulo Mineiro, a 480 km de Belo Horizonte.
O pedido foi feito pelo governo federal e Uberaba foi escolhida para receber os pacientes porque está localizada na única região do Estado na onda verde do programa Minas Consciente.
O anúncio foi feito pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, nesta sexta-feira (22). Em uma rede social, ele agradeceu à cidade de Uberaba e que a ação seria um esforço conjunto do Governo de Minas, a prefeitura municipal e a FAB (Força Aérea Brasileira).
Proposta
De acordo com a Prefeitura de Uberaba, as autoridades avaliaram as opções e decidiram receber 12 dos 18 pacientes que viriam da capital manauara. De acordo com a prefeita Elisa Araújo, o Hospital Regional dispõe de uma ala específica com essa quantidade de leitos para ser disponibilizada imediatamente.
Os pacientes serão atendidos em uma ala isolada e passarão por testes. A preocupação da prefeitura é evitar que eles estejam contaminados com uma nova cepa do coronavírus e que ela seja disseminada pela cidade.
Ao receber o pedido do Governo de Minas para receber os pacientes, a Prefeitura de Uberaba pediu a habilitação imediata de mais 20 leitos de UTI covid e a revisão da quantidade de vacinas enviadas á cidade. De acordo com a prefeitura, os pedidos foram acatados.
O Hospital Regional de Uberaba conta, hoje, com 143 leitos, sendo 40 deles de terapia intensiva e 103 de enfermaria.
A Prefeitura de Uberaba também decidiu suspender as cirurgias eletivas e transferir os pacientes internados com outras doenças, que não a covid, para outras unidades de saúde.
Manaus
Na última semana, tanto o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), quanto o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmaram que receberiam pacientes vindos da capital do Amazonas.
Em uma publicação em sua rede social, Zema disse que o Estado cederia leitos de UTI pediátrica para receber bebês prematuros internados em hospitais de Manaus. Na ocasião, havia a preocupação de falta de oxigênio nas unidades, o que poderia causar a morte dos bebês. Horas depois, Zema voltou atrás e disse que o governo federal recuou sobre o pedido.
Já o prefeito Alexandre Kalil (PSD) afirmou ter separado cinco leitos de UTI pediátrica no hospital da Santa Casa. Os pacientes também não chegaram a ser transferidos para a capital mineira.