Vítima era faxineira terceirizada pela mineradora Vale
Reuters/Agência BrasilA Justiça determinou que a mineradora Vale deverá indenizar em R$ 50 mil uma faxineira que trabalhava nos alojamentos de funcionários terceirizados da empresa que morreram tragédia da barregem de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Na ação, a mulher alegou que sofreu desequilíbrio mental devido à perda dos amigos e do sobrinho, que também era empregado da mineradora.
Um relatório psiquiátrico apresentado indicou que a trabalhadora terceirizada teve ofensa à sua integridade psíquica, por "ter que conviver no ambiente dos colegas que ali residiam e hoje estão mortos".
A faxineira afirmou que prestava serviços de limpeza e lavagem de roupas para uma empresa, também terceirzada, em cinco repúblicas montadas pela Vale, em Brumadinho, para abrigar os funcionários que trabalhavam com construção civíl pela mineradora.
A desembargadora relatora do caso, Maria Cecília Alves Pinto, alegou que a faxineira não comprovou a participação dela na vida do sobrinho e na vida de vizinhos mortos, mas reconheceu que trabalhadora provou o dano moral sofrido diante do luto diário vivenciado no local de trabalho com a morte dos amigos.
Em nota enviada à reportagem do R7, a Vale disse que "respeita a decisão da Justiça e é sensível à situação dos impactados pelo rompimento da barragem".
Tragédia Brumadinho
A barragem da Mina Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, se rompeu rompeu no dia 25 de janeiro de 2019, deixando 270 mortos e desaparecidos.
*Estagiário do R7 sob supervisão de Pablo Nascimento