Vale testa tratamento de água no rio Paraopeba, em Brumadinho (MG)
Curso d’água foi atingido pelos rejeitos da barragem da mina Córrego do Feijão, rompida em janeiro deste ano; equipe quer reduzir sedimentos no rio
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
A mineradora Vale anunciou que está realizando testes em uma Etaf (Estação de Tratamento de Água Fluvial) no ribeirão Ferro-Carvão, que deságua no rio Paraopeba, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O curso d’água foi atingido pela lama de rejeitos da barragem da mina Córrego do Feijão, rompida no dia 25 de janeiro. Desde então, a parte do rio que corta a cidade foi tomada pelo material.
De acordo com a assessoria técnica da empresa, com a estrutura, a expectativa é reduzir o nível de turbidez da água e devolvê-la tratada ao rio. Além disso, a equipe tenta reduzir a movimentação de sedimentos no curso do rio.
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SOS Mata Atlântica confirma que Rio São Francisco está contaminado
Quando estiver operando com toda sua capacidade, a estação vai poder tratar cerca de 2 milhões de litros de água a cada hora.
A captação do recurso hídrico contaminado será feita próximo à ponte da avenida Alberto Flores, que liga a área rural à região Central de Brumadinho. No local, também foi instalada uma cortina metálica para conter os rejeitos.
Ainda segundo a mineradora, o material sólido que for retirado será depositado em grandes bolsas onde os rejeitos serão desidratados. Em seguida, a água vai passar por filtragem.
No mês de fevereiro, pesquisadores da fundação SOS Mata Atlântica afirmaram que parte do rio que foi atingida pela lama de rejeitos está morta.
Vítimas
O último levatamento da Polícia Civil de Minas Gerais, divulgado nesta terça-feira (7), indica que 237 vítimas da tragédia foram identificadas. Os corpos de outras 33 pessoas ainda não foram encontrados ou aguardam identificação.