Vereador Wellington Magalhães deixa prisão na Grande BH
Ex-presidente da Câmara de Vereadores conseguiu um habeas corpus do TJMG; ele é suspeito de desviar R$ 30 milhões dos cofres públicos
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
O vereador afastado Wellington Magalhães (PSDC) deixou a penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, na tarde desta quarta-feira (30). O político estava preso preventivamente por envolvimento em um esquema de desvio de R$ 30 milhões, mas foi beneficiado com um habeas corpus, nessa terça-feira (29).
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De acordo com a decisão dos desembargadores da 1ª Câmara Criminal do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), o ex-presidente da Câmara deverá usar tornozeleira eletrônica. Também ficou determinado o recolhimento do passaporte e que ele compareça em juízo em todos os atos do processo, além do recolhimento noturno após às 22h. O político, no entanto, pode sair de casa durante o dia.
O benefício também foi concedido para outros seis investigados da operação Político Sujo. Entre eles, o casal de empresários donos da agência de publicidade supostamente envolvida com o esquema de fraude na Câmara de Belo Horizonte.
Cassação
Além do processo criminal, Magalhães enfrenta um pedido de cassação de mandato na Câmara de Vereadores. Nesta terça-feira (29), a comissão especial formada para analisar a ação autorizou o prosseguimento do processo.
Agora, testemunhas e o próprio político serão convocados para prestar depoimento. Até o mês de agosto, a comissão especial deverá emitir aos demais vereadores que votarão se Magalhães perderá ou não o mandato. A Câmara Municipal de BH tem 41 legisladores. Para que a cassação seja aprovada, é necessário o voto de dois terços deles, ou seja, 28 parlamentares.