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Viagem adia depoimento de Pimentel sobre superfaturamento

Câmara de Vereadores investiga possíveis irregularidades em contratos da Prefeitura de Belo Horizonte com a construtora Andrade Gutierrez

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Pimentel disse que está disponível após 22 de março
Pimentel disse que está disponível após 22 de março

O depoimento que o ex-governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), iria prestar na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte sobre um possível superfaturamento de obras realizadas na capital mineira, previsto para esta segunda-feira (2), foi adiado a pedido do político.

Em carta enviada aos vereadores, Pimentel alegou que não poderia comparecer ao encontro por motivo de viagem. O petista não informou aonde estaria, mas se comprometeu a prestar os esclarecimentos em nova data, após o próximo 22 de março.

“Tal solicitação decorre de viagem anteriormente agendada, para atender a compromissos profissionais. Certo da compreensão de vossa excelência, bem como da Comissão que ora preside, renovando minha intenção de colaborar com a mesma, antecipo meu agradecimento”, afirmou Pimentel na carta.

O depoimento faz parte das investigações da Câmara sobre contratos firmados há mais de 40 anos entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a construtura Andrade Gutierrez. A suspeita é que os cofres públicos tenham gasto R$ 2,5 bilhões com uma dívida que inicialmente era de R$ 269 milhões. A diferença nos valores teriam sido pagas anos depois por meio de leis criadas em 1988 e 1999 reconhecendo que a dívida não teria sido totalmente quitada.


Os contratos são referentes às obras do Túnel da Lagoinha, canalização do Ribeirão Arrudas e remoção de aguapés na Lagoa da Pampulha.

De acordo com a Comissão Parlamentar que investiga o caso, Pimentel, que foi prefeito de BH entre 2001 e 2008, foi chamado para prestar esclarecimentos já que alguns pagamentos foram feitos durante sua gestão.


As apurações sobre o caso na capital mineira começaram após a Prefeitura de Betim, na Grande BH, investigar irregularidades parecidas. Um laudo apontou que assinaturas teriam sido falsificadas para garantir as fraudes na cidade da região metropolitana.

Procurada pelo R7, a Andrade Gutierrez informou que não vai comentar o caso. A reportagem não localizou Pimentel e nem representantes do político.

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