No sábado (7), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu a um tuíte dizendo que não era necessário lhe agradecer por ter criado o Fies (Programa de Financiamento Estudantil). O reconhecimento realmente não é necessário, pois o programa de financiamento estudantil foi criado durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O assunto surgiu no Twitter, como uma resposta ao presidente Jair Bolsonaro, que publicou uma postagem sobre o desconto na renegociação das dívidas do programa. "Lembrando que o Fies é um programa que foi criado no governo Lula e beneficia milhares de estudantes", provocou Jessilane Alves, bióloga e ex-BBB. O ex-presidente Lula respondeu: "Não tem o que agradecer. A universidade tem que ser para muitos, e não para poucos". Há um programa de financiamento estudantil no Brasil desde o governo de Ernesto Geisel (1974-1979), ainda na ditadura militar. O Fies consolidado a partir da década de 2000 também não é um feito das gestões petistas. No regime militar, em 1976, foi criado o Creduc (Programa de Crédito Educativo), alimentado por recursos arrecadados por meio das loterias. Em 1988, a partir da democratização e da nova Constituição, ele passou a ser gerido pelo Ministério da Educação, com o mesmo nome. No segundo mandato de Fernando Henrique, o MEC reformulou o Creduc, que passou a se chamar Fies. O que o governo Lula fez foi ampliar o programa, diminuindo a taxa de juros e facilitando as condições de pagamento, já em 2010, no último ano de seu governo. A última atualização nele ocorreu em 2018, durante a gestão de Michel Temer (MDB). Ficou em dúvida sobre uma informação, mensagem de aplicativo ou postagem em rede social? Encaminhe a questão para o MonitoR7, que nós a checamos para você: (11) 9 9240 7777 ou monitor@recordtv.com.br. *Estagiário do R7, com edição de texto de Marcos Rogério Lopes.