Prédio da Pfizer na França foi bloqueado por manifestantes?
A sede da farmacêutica em Paris foi alvo de protestos contra a exigência de comprovante de vacinação pelo governo francês
MonitoR7|Do R7
No último fim de semana, uma onda de protestos se repetiu na França. O motivo é o descontentamento de parte dos franceses com a exigência de apresentação de comprovante de vacinação para frequentar alguns lugares.
Circula nas redes sociais, com predominância em grupos virtuais de mensagens, um vídeo de uma manifestação em frente ao prédio comercial da farmacêutica Pfizer, responsável por uma das vacinas contra a Covid. Os manifestantes se colocam diante do edifício e gritam palavras de ordem contra a farmacêutica, o passaporte vacinal e o presidente francês, Emmanuel Macron.
Alguns dos cartazes usados pelos manifestantes indicam: "Vaccin Mortel" (vacina mortal, em tradução livre). Outro insinua que exigir passe sanitário com vacinação equivale a restrição de liberdade. Os participantes do protesto entoam um coro em que chamam o presidente Macron de assassino.
Por meio de uma busca reversa, o MonitoR7 encontrou o vídeo em outras plataformas, como o Twitter, por exemplo. As publicações revelam que o protesto aconteceu no dia 29 de janeiro. Inclusive, é possível encontrar postagens dos organizadores do movimento convocando as pessoas a participar do ato.
Nos tuítes, as pessoas são convidadas a caminhar desde o Ministério da Saúde da França até o prédio da Pfizer. De acordo com o vídeo, a manifestação foi autorizada pela polícia parisiense. A postagem faz apelos contra a vacinação infantil e a exigência do comprovante de vacinação. "Em apoio às vítimas das vacinas" completa a publicação em francês.
Segundo o jornal francês Le Parisien, os protestos em Paris reuniram cerca de 5.000 pessoas, distribuídas por três lugares. Não encontramos informações sobre o número de manifestantes que estavam em frente à sede da Pfizer.
Também de acordo com o jornal, o governo contabilizou cerca de 30 mil pessoas que foram às ruas para protestar contra as restrições sanitárias e o governo atual, em toda a França. Apesar do número alto de manifestantes, houve uma queda na participação em relação aos atos em semanas anteriores.
Na França, para frequentar atividades de lazer, restaurantes e bares, feiras ou transportes públicos, era necessário apresentar o chamado "passe de saúde", que podia ser um teste negativo, o certificado de vacinação completa ou certificado de recuperação. A regra, no entanto, ficou mais rígida desde 24 de janeiro, cinco dias antes do protesto em Paris.
Agora, o certificado de saúde deve ter, necessariamente, informações sobre todo o processo vacinal, incluindo as doses de reforço. A exigência vale para todos os maiores de 16 anos. As exceções à regra são poucas e "emergenciais". Para os menores entre 12 e 15 anos o passaporte simples de saúde ainda é válido.
Cerca de 76% da população na França está completamente vacinada. O número de novos casos no país está em tendência de alta, batendo recordes, todos os dias. Na última semana, cerca de 334 mil novas infecções foram registradas por dia, em média. Porém, graças à vacinação, o número de óbitos é muito menor. No dia da manifestação, por exemplo, foram contabilizadas 282 mortes na França. Os dados são da Our World in Data e da agência de notícias Reuters.
Portanto, é fato que houve um protesto em frente ao prédio da Pfizer em Paris, capital francesa. Os manifestantes se reuniram para demonstrar que não aprovam as novas medidas sanitárias exigidas no país para o controle da pandemia de Covid-19. Protestos como esse têm se repetido quase que semanalmente na França. Mas o número de participantes das manifestações tem caído, segundo os registros oficiais.
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