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Verdade: escritor Isaac Asimov antecipou, em 1957, atual dependência dos celulares

No aniversário de 30 anos da morte do mestre da ficção científica, mostramos trechos de obras nas quais ele visualizou que os smartphones ocupariam a maior parte do nosso tempo

MonitoR7|Diego Alejandro*, do R7

Isaac Asimov previu celulares e foi além, antecipando as chamadas por vídeo
Isaac Asimov previu celulares e foi além, antecipando as chamadas por vídeo

Hoje, dia 6 de abril, comemoram-se 30 anos da morte do famoso escritor Isaac Asimov (1920-1992), considerado o pai da ficção científica. Atribui-se a ele, desde a década de 80, quando os celulares começaram a ser comercializados, a antecipação do conceito de smartphone e da dependência que esses aparelhos criariam na humanidade quase 50 anos antes de sua fabricação. Checamos, e é verdade.

A ideia foi registrada inicialmente no conto A Sensação de Poder, publicado em 1957. Nele, o autor narra a história de uma civilização avançada e completamente dependente das máquinas. No enredo, até a conta de cabeça foi esquecida e terceirizada aos "computadores de bolso", dispositivos que processavam qualquer equação matemática e ajudavam nas tarefas do dia a dia. Lembra alguma coisa?

O primeiro protótipo de um celular foi apresentado ao mundo pelo engenheiro da Motorola Martin Cooper, em 1973, 16 anos após o conto de Asimov. O aparelho só começou a ser vendido em 1983, por cerca de US$ 4.000.

O primeiro smartphone surgiu só em 1994, com o IBM Simon, que adicionou características dos assistentes pessoais multimídia aos celulares tradicionais.


Apesar de a ideia inicial do escritor estar mais ligada a uma calculadora, ele elaborou um pouco mais o conceito depois, em duas ocasiões. A primeira, em 1964, quando arriscou descrever o ano de 2014 em um artigo para o jornal The New York Times.

No texto "Visita à Feira Mundial de 2014", Asimov se imagina no futuro, assistindo a uma convenção internacional. Lá, ele vê robôs, dispositivos sem fios, casas subterrâneas, cozinhas inteligentes, colônias na Lua e carros voadores, num total de 50 profecias.


Algumas teorias não se confirmaram, já outras são assustadoras pela precisão. Por exemplo, pela crescente complexidade da sociedade, Asimov diz que a vida sem computadores seria "impossível" e que "os aparelhos de 2014 não terão cabos elétricos, é claro, pois serão alimentados por baterias de longa duração". 

Já no fim de 1983, quando faltavam poucos dias para começar o ano que George Orwell escolheu como título de seu romance distópico, o jornal canadense Toronto Star propôs a Isaac Asimov prever o futuro. Escolheu 2019 não por acaso. Era um salto à frente de 35 anos. Uma faixa de tempo parecida com a que se precisaria viajar para trás até chegar a 1949, o ano de publicação de 1984, de Orwell.


"As comunicações se tornarão visuais e sonoras, e você verá e ouvirá a pessoa para quem telefonar. A tela poderá ser usada não apenas para ver as pessoas para quem você liga, mas também para estudar documentos e fotografias e ler trechos de livros. Os satélites síncronos pairando no espaço possibilitarão a você discar diretamente para qualquer ponto da Terra, incluindo as estações meteorológicas na Antártida", imaginou o escritor.

Na totalidade de sua carreira, Isaac Asimov apresenta ainda mais previsões, algumas comprovadas — como o aumento populacional, alterações no sistema de ensino devido aos avanços tecnológicos ou o aumento da importância da psicologia e da psiquiatria no sistema de saúde. Hoje, basta olhar ao redor para entender o quanto Isaac Asimov estava certo em suas previsões.

Ficou em dúvida sobre uma mensagem de aplicativo ou postagem em rede social? Encaminhe a questão para o MonitoR7, que nós checamos para você: (11) 9 9240 7777.

*Estagiário do R7, com edição de Marcos Rogério Lopes.

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