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Leptospirose pode ser evitada com cuidados simples

Alagamentos são potenciais multiplicadores da doença transmitida pela urina de animais, principalmente ratos

Folha de Pernambuco|

Alagamentos são potenciais multiplicadores da doença transmitida pela urina de animais, principalmente ratos
Alagamentos são potenciais multiplicadores da doença transmitida pela urina de animais, principalmente ratos Alagamentos são potenciais multiplicadores da doença transmitida pela urina de animais, principalmente ratos

A chuva gera alagamentos e dezenas de milhares de pessoas diariamente precisam colocar os pés e pernas dentro da água para chegar aos seus compromissos. O cenário inevitável para muitos é propício para a proliferação da leptospirose, doença diretamente ligada ao índice pluviométrico e a falta de saneamento, que é transmitida pelo contato de água ou lama contaminada pela urina de animais, principalmente ratos, com a pele.

Evitar a contaminação pela bactéria leptospira, no entanto, é algo simples. De acordo com o gerente de Zoonoses da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Francisco Duarte, agindo o mais rápido possível após contato com a água suja, a chance de ser contaminado é extremamente reduzida.

“A primeira coisa a se fazer é lavar a área do corpo que entrou em contato com a água de alagamento com sabão e, em seguida, fazer a solução florada, que consiste em misturar um copo tipo americano de água sanitária com 20 litros de água e passar nessas partes do corpo”, explica. Zoonoses são justamente as doenças infecciosas de animais transmitidas para o ser humano.

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Os números registrados pela SES, inclusive, revelam queda no comparativo com o ano passado. De acordo com os dados, até o início de junho, foram 284 notificações da doença, das quais 35 se confirmaram. Número significativamente menor que as 506 notificações e 159 confirmações registradas no mesmo período de 2018.

É importante ficar atento também aos sintomas. Eles não se manifestam logo após o contato com a água contaminada pela urina do rato, nem no dia seguinte. Os sintomas costumam aparecer entre sete e 14 dias após a contaminação. De acordo com Duarte, a bactéria encontra um arranhão ou algo do tipo para penetrar a pele e fica incubada até se manifestar.

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Os sintomas e assemelham às arboviroses, como a dengue, e por isso, podem dificultar a identificação do paciente. “Se após o período você tiver febre, mal-estar e dor nas panturrilhas das pernas é importante procurar um posto de saúde e o médico vai fazer a avaliação e solicitar o exame de leptospirose que realizamos no Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco)”.

Luciene Jesus de Oliveira, 62 anos, mora no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes e tem o exemplo do risco da leptospirose dentro de casa. Sua filha, que atua como catadora foi contaminada pela doença e passou oito dias internada. “Minha rua sempre alaga, basta chover um pouquinho e eu já saio por dentro da água. Toda vez que volto pra casa já me lavo todinha com sabão amarelo para evitar o que aconteceu com minha filha”, afirma a vendedora ambulante.

O risco de pegar a doença também deixa a atendente Alexsandra Lopes, 41 anos, bastante atenta. Moradora do bairro de Brasília Teimosa, ela conta que não é raro lidar com o acúmulo de água suja na rua onde mora. “Quando eu cheguei no trabalho e quando voltei pra casa usei sabão em barra pra me limpar”. 

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