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MDB pede na Justiça que Boulos retire recorte fraudulento de pesquisa eleitoral das redes sociais

Partido diz que deputado federal e pré-candidato inventou cenário eleitoral que não foi pesquisado pelo instituto responsável

Política|Emerson Fonseca Fraga, do R7, em Brasília

Boulos foi condenado por adulterar pesquisa eleitoral
Boulos foi condenado por adulterar pesquisa eleitoral Rafa Neddermeyer/Agência Brasil — 7.2.2024

O MDB, partido do prefeito de São Paulo e pré-candidato à reeleição Ricardo Nunes, pediu nesta terça-feira (5) à Justiça Eleitoral que o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), também pré-candidato à prefeitura da capital paulista, retire das redes sociais dele o recorte de uma pesquisa eleitoral considerado falso pela sigla.

Nessa segunda-feira (4), Boulos publicou o suposto cenário de uma pesquisa eleitoral do Instituto Real Time Big Data para prefeito de São Paulo com o título "Boulos lidera com 34% contra qualquer bolsonarista". Esse recorte, no entanto, não consta no levantamento feito pela empresa.

Segundo o MDB, o parlamentar "inventou um cenário que não foi pesquisado pelo instituto para manipular a opinião pública". "O cenário de candidatos divulgado é absolutamente ficcional. Tratou-se de uma falsidade gritante e facilmente verificável com a simples leitura do questionário da pesquisa e dos dados da divulgação dos seus resultados", alega o advogado da sigla, Ricardo Vita Porto.

"A divulgação dos resultados de pesquisa eleitoral deve, sobretudo, ser fiel à verdade e não levar o eleitor a erro a respeito do desempenho dos disputantes. A divulgação de resultado forjado é conduta explicitamente proibida", diz o jurista.


Porto explica que o pedido é da concessão de uma liminar o quanto antes. "E, assim, a Justiça Eleitoral deve oficiar o Facebook Brasil para retirar o conteúdo do ar", explica. O MDB pede ainda que o Ministério Público apure eventual crime cometido pelo deputado federal.

Procurada pela reportagem, a assessoria de Boulos diz que "o prefeito Ricardo Nunes está tentando criar uma cortina de fumaça e desviar a atenção para o grande fato da semana: as denúncias bilionárias de superfaturamento, bem como de favorecimento à empresa do próprio compadre de Nunes".


O processo foi distribuído para a 2ª Zona Eleitoral de São Paulo.

Um dos cenários autênticos da pesquisa, encomendada pela RECORD, mostra que Nunes, em um eventual segundo turno com Boulos, teria 51%, contra 49% do adversário. Os dois, portanto, estariam empatados na margem de erro — de 3 pontos percentuais. O levantamento, realizado entre 1º e 2 de março, ouviu 2 mil eleitores e está registrado na Justiça Eleitoral sob o número SP-033963/2024.

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