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Além das Embaixadas

Itamaraty critica ataque aéreo de Israel na Faixa de Gaza 

Comunicado também condena a morte de civis e trabalhadores na área da saúde

Além das Embaixadas|Natalie Machado e Natalie Machado


Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel Reprodução/Record News - 11.03.2024

O Itamaraty emitiu um comunicado oficial, em nome do governo brasileiro, a respeito do ataque de Israel que atingiu trabalhadores da ONG humanitária World Central Kitchen (WCK) no início do mês. Sete pessoas morreram na ocasião. 

Veja o comunicado na íntegra:

"O governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda consternação, de ataque aéreo israelense, ocorrido em 1º de abril, na região de Deir el-Balah, na Faixa de Gaza, no qual sete trabalhadores da ONG humanitária World Central Kitchen (WCK) foram mortos. Deplora também as mortes de civis e trabalhadores de saúde palestinos e os danos causados por ação militar das últimas semanas, que resultou na destruição do hospital Al-Shifa, em contexto no qual a assistência médica à população de Gaza é fundamental.

Ao expressar sua solidariedade ao povo da Palestina e dos demais países de nacionalidade das vítimas (Austrália, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Polônia), sobretudo a seus familiares, o Brasil lamenta que mais de 200 agentes humanitários tenham sido mortos na Faixa de Gaza desde outubro de 2023. Esse número é o maior da história da ONU e representa, em menos de seis meses de conflito, quase três vezes mais vítimas entre trabalhadores humanitários do que jamais registrado em um único conflito, no período de um ano.

O governo brasileiro reitera o firme repúdio a toda e qualquer ação militar contra alvos civis, sobretudo aqueles ligados à prestação de ajuda humanitária e de assistência médica. Reitera a importância do cumprimento da demanda de um cessar-fogo imediato contida na resolução 2728 do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em 25 de março. E recorda o caráter obrigatório das medidas cautelares proferidas pela Corte Internacional de Justiça, em 26 de janeiro, e ampliadas, em 28 de março, no âmbito do processo instaurado contra Israel, com base na Convenção para a Repressão e Punição do Crime de Genocídio."

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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