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[Avaliação] Honda City mostra que é o médio compacto mais evoluído do segmento

Andamos mais de 500 km com a versão EXL equipada com motor de 1.5 litro de 126 cv

Autos Carros|Do R7 e Marcos Camargo Jr.

Honda City hatchback tem uma dianteira com detalhes que o deixam com uma face esportiva
Honda City hatchback tem uma dianteira com detalhes que o deixam com uma face esportiva

O Honda City hatchback, que foi apresentado no final do ano passado, mas lançado apenas no começo deste ano, já começa a colocar suas asinhas para fora, uma vez que apenas em maio teve 1.800 unidades compradas. Já no acumulado do ano a marca vendeu 5.777 unidades do modelo, segundo a Fenabrave. Com esses números, o hatch já é o sexto mais vendido no segmento, mesmo com um preço um pouco salgado. A seu favor contam a confiança na marca, a renovação de frota dos órgãos do Fit e um conjunto mecânico evoluído.

Modelo traz uma barra cromada ligando os dois faróis dianteiros, que tem um formato triangular
Modelo traz uma barra cromada ligando os dois faróis dianteiros, que tem um formato triangular

Por isso, o R7 Autos Carros quis saber qual é o motivo para City atrair tantos olhares e compradores. Portanto, andamos mais de 500 km com a versão de entrada EXL, que é comercializada por R$ 119.800, no site da Honda. Vale lembrar que já testamos a configuração topo de linha Touring oferecida por R$ 129.100, que apesar do nome (usado nos extintos Civic e HR-V) não tem motor turbo.

Traseira tem faróis também no formato triangular que sobrepõem a tampa do porta-malas
Traseira tem faróis também no formato triangular que sobrepõem a tampa do porta-malas

Sem enrolação para o leitor que pretende comprar um Honda City este é o veredito. O modelo é bastante versátil, pois conta com bancos modulares Magic Seat que ampliam a capacidade de carga e, também, ajudam a levar diversos objetos, por exemplo, um carrinho de bebê pode ser levado tranquilamente sem aperto e dificuldades e sem utilizar o porta-malas. A ideia aqui é usar esse argumento para os antigos compradores do Fit acostumados a toda essa modularidade.

Faróis têm assinatura luminosa em formato de "S"
Faróis têm assinatura luminosa em formato de "S"

Outro ponto importante é a economia, já que o hatch teve um consumo médio de 16 km/l com gasolina (ciclo misto) durante a nossa avaliação, algo acima dos modelos compactos do mesmo porte mesmo os turbinados. Por fim, o motor de 1.5 litro entrega bons 126 cv. Sim, um propulsor turbo o deixaria muito mais divertido para quem dirige, mas o aspirado não deixa a desejar. Embora o motor seja “o mesmo” 1.5 na prática foram feitas inúmeras mudanças em prol do rendimento, do trabalho com o câmbio CVT e da economia de combustível.


Rodas são de liga leve de 16 polegadas calçadas com pneus 185/55
Rodas são de liga leve de 16 polegadas calçadas com pneus 185/55

Em relação ao visual, o Honda City hatchback tem uma dianteira com detalhes que o deixam com uma face esportiva mas mantendo-se conservador, uma vez que traz uma barra cromada ligando os dois faróis dianteiros, que tem um formato triangular. A grande é pequena e tem detalhes em colmeia. As rodas são de liga leve de 16 polegadas calçadas com pneus 185/55. A traseira tem faróis também no formato triangular que sobrepõem a tampa do porta-malas, além de ter uma assinatura luminosa em formato de "S", o que confere uma sensação de movimento.

Modelo tem 2,60m de entre-eixos
Modelo tem 2,60m de entre-eixos

Por dentro, o hatch traz um painel de instrumentos com tela de TFT de 7 polegadas, aliada com velocímetro analógico, além de ter volante multifuncional com um novo design e uma central multimídia de 8 polegadas com conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay. Também é possível carregar até três celulares, já que tem duas portas USB, uma própria para fazer a recarga e um a tomada de 12V. Estas evoluções são marcantes na linha do City que passou anos com o mesmo equipamento de entretenimento e poucas atualizações. Assim, os antigos compradores da marca certamente vão notar a diferença.


Motor tem 15,5 kgfm de torque com gasolina e 15,8 kgfm de torque com etanol sempre a 4.600 rpm para os dois combustíveis
Motor tem 15,5 kgfm de torque com gasolina e 15,8 kgfm de torque com etanol sempre a 4.600 rpm para os dois combustíveis

Versatilidade para os fãs do assento mágico

Um dos principais atrativos do Honda City são os bancos traseiros modulares Magic Seat. Sem essa tecnologia, o modelo teria apenas 268 litros no porta-malas, o que é muito pouco. Mas se rebater os bancos a capacidade de carga sobe para 1.168 litros.


Porta-malas tem capacidade de 268 litros
Porta-malas tem capacidade de 268 litros

E não é só isso, uma vez que todos os assentos podem ser rebatidos parcialmente, o que permite levar duas pessoas mais uma bicicleta, um vaso ou um carrinho de bebê. Também é possível rebater dois bancos e deixar espaço para apenas uma pessoa. Por baixo do assento traseiro também é possível levar bolsas, mochilas e pequenos volumes uma vez que o vão é livre, algo que outros modelos da categoria não tem.

Modelo tem bancos traseiros modulares Magic Seat
Modelo tem bancos traseiros modulares Magic Seat

Desta forma, na prática, é possível lotar porta-malas de coisas e, também, levar mais bagagens dentro do veículo com os outros passageiros sem perder o conforto. No dia a dia quem tem o costume de levar as compras do mercado sobre os assentos traseiros pode facilmente levantar um dos bancos e colocar as sacolas sem roubar o espaço de um passageiro e transportá-las de maneira mais prática.

Todos os assentos podem ser rebatidos parcialmente
Todos os assentos podem ser rebatidos parcialmente

Além disso, o City hatch é bastante confortável e sobra muito espaço para quem vai atrás, embora ele tenha 2,60m de entre-eixos, algo na média dos demais compactos hatches. Pessoas altas também não sofrem, uma vez que o modelo tem 1.498 mm de altura e tem uma cabine elevada para maior conforto m. A largura é 1,74m e o comprimento é de 4,34m de comprimento, um pouco mais amplo que modelos como Onix, Polo, HB20, Argo, Sandero, Peugeot 208 e o próprio Yaris, considerado seu rival direto.

Modelo tem central multimídia de 8 polegadas com conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay
Modelo tem central multimídia de 8 polegadas com conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay

Motorização tem mudanças “invisíveis”

O Honda City vem equipado com motor de 1.5 litro DOHC i-VTEC com injeção direta e duplo comando de válvulas, que entrega 126 cv a 6.200 rpm e 15,5 kgfm de torque com gasolina e 15,8 kgfm de torque com etanol sempre a 4.600 rpm para os dois combustíveis. A transmissão é automática do tipo CVT e para quem gosta de passar as marchas tem Paddle Shifts no volante, o que confere mais esportividade.

Hatch traz um painel de instrumentos com tela de TFT de 7 polegadas
Hatch traz um painel de instrumentos com tela de TFT de 7 polegadas

Durante os 500 km andamos apenas com gasolina, que teve um consumo médio de 16 km/l. Na estrada o hatch chegou a marcar 16,5 km/l e na cidade fez 14,5 km/l. Vale destacar que a capacidade do tanque de combustível é de apenas 39,5 litros mas que rende boa autonomia na prática.

Modelo conta com duas entras USB, sendo que uma é dedicada para carregamento do smartphone
Modelo conta com duas entras USB, sendo que uma é dedicada para carregamento do smartphone

Ele contra ele mesmo

Contudo, nem tudo são flores para quem comprar a versão de entrada EXL. Se comparar com a topo de linha Touring, não terá alguns importantes equipamentos para um carro de mais de R$ 110 mil.

Versão EXL é vendida por R$ 119.800
Versão EXL é vendida por R$ 119.800

A EXL conta com piloto automático, mas não adaptativo como o Touring. Também não há assistente para redução de ponto cego e nem o Honda Sensing, equipado com controle de cruzeiro adaptativo, alerta e frenagem autônoma de emergência, assistente para manter na faixa de rolagem e sistema de mitigação de evasão de pista. Os sensores de estacionamento na versão de entrada são apenas traseiro, enquanto a topo de linha tem na dianteira.

Modelo tem média de consumo de 16 km/l com gasolina
Modelo tem média de consumo de 16 km/l com gasolina

Mas quem não quer ou não pode pagar mais de R$ 9.300 para ter esses equipamentos na opção topo de linha, não se preocupe, já que a versão de entrada também é bem recheada, pois conta com freios ABS e com EBD, direção elétrica, câmera de ré multivisão com três ângulos diferentes, seis airbags, sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis, espelhos retrovisores na cor do veículo com indicadores em LED e rebatimento automático, luzes diurna em LED, assistente de estabilidade e tração, assistente de partidas em aclives, faróis com acendimento automático, faróis de neblina, chave com função smart entry com sensor de aproximação, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade e botão de partida do motor.

Central permite fazer conexão via Bluetooth com smartphone
Central permite fazer conexão via Bluetooth com smartphone

Ao volante

Durante os mais de 500 km rodados, foi possível perceber que o Honda City tem uma suspensão um pouco mais dura para enfrentar a buraqueira das cidades brasileiras, porém, que não diminui o conforto dos passageiros e nem atrapalha a direção. Aliás essa nova relação é bem vinda no City antes impreciso e de relações bem curtas. O motor, embora não seja turbinado, vai bem tanto na saída quanto nas retomadas. Inclusive, esse propulsor é bastante ágil em baixas rotações eliminando o “vazio” ao acionar o D nesta nova versão. Já a transmissão CVT consegue transmitir a potência do conjunto mecânico sem engasgos, o que o deixa ainda mais confortável.

Modelo traz luzes diurna em LED
Modelo traz luzes diurna em LED

Rivais diretos

É uma parada dura comparar o City com outros modelos do mesmo porte. Ele sempre foi mais refinado e nunca teve motor 1.0 litro de outros concorrentes. O correto é alinhá-lo aos modelos com conjunto mecânicos mais potentes e versões mais equipadas ou com motor 1.0 turbo. Assim o Honda City, embora seja caro, fica na verdade só um pouco mais caro que os rivais.

NOVO CITY HATCH É REENCARNAÇÃO DO ANTIGO FIT que saiu de linha? Veja o vídeo!

Um dos rivais do Honda City hatch é outro japonês Toyota Yaris, que é vendido a partir de R$ 93.190 na versão de entrada XL. Outro modelo concorrente é o Volkswagen Polo na opção Comfortline com motor de 1.0TSi de 128 cv, que é oferecido por R$ 108.290. Também pode rivalizar com o Peugeot 208 1.6 na versão Griffe, que sai por R$ 109.990.

*Com a colaboração Felipe Salomão

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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