Aos cinco anos de vida o Jaguar E-Pace ganhou uma reestilização recente que chegou em poucos meses ao Brasil. De olho em um mercado bem disputado de crossovers compactos premium o E-Pace ganhou um novo visual com para-choques, conjunto luminoso e, por dentro, maior conectividade. O R7-Autos Carros testou a novidade na estrada e na cidade ao longo de uma semana na versão R-Dynamics S.
JAGUAR E-PACE 2021: o SUV premium com motor flex de R$ 376 mil para bater em Volvo, Audi e Mercedes. Veja o vídeo!
Em outros países o E-Pace é conhecido como "baby Jag", o menor crossover da marca mas bem semelhante ao E-Pace, guardadas as devidas proporções. Mesmo com visual bem parecido com o da estreia de 2016 o E-Pace ganhou nova dianteira com para-choques, farois em LED e capô. Ainda assim manteve seu estilo com o logotipo do felino em destaque na dianteira e o emblema lateral da versão "R-Dynamics". Com rodas e pneus aro 18, o perfil elevado se prolonga até a traseira com destaque para o defletor preto e branco e as lanternas afiladas que foram mantidas.
Se por um lado ele ainda impressiona, por dentro o E-Pace melhorou e muito. Não estamos falando do acabamento que continua de boa qualidade como são os modelos britânicos. No crossover de 4,39m de comprimento e 2,68m de entre-eixos as proporções são as mesmas porém a conectividade foi que mais avançou na linha 2021. O modelo ganhou cluster digital de 12,3 polegadas com inúmeras informações e opções de projeção do mapa, do computador de bordo ou os mostradores clássicos com contraste e nível aprimorado de qualidade. Ao lado, a multimídia de 11,4 polegadas com sistema PIVI Pro é mais completa e traz tela curva e com revestimento de magnésio além de comandos mais simples e bastante icônicos, fáceis de compreender. Na tela grande há projeção da câmera 360 e ao acionar a ré a imagem surge com destaque e boa resolução.
Os bancos em couro claro microperfurado com ajustes elétricos, o console e outros detalhes em preto brilhante e costura milimetricamente bem feita mostra que a tradição da marca segue com o bom refinamento mesmo em um modelo menor e mais competitivo. E não estamos falando do modelo topo de linha da gama. Não há controle de cruzeiro adaptativo e alerta de ponto cego e também falta uma multimídia com espelhamento sem fio, mas certamente o Jaguar traz um degrau acima em qualidade percebida mesmo nestas versões. Acima da R-Dynamics S existe a "SE" que já traz estes itens citados além de som Meridian de alta velocidade.
O motor escolhido para esta versão é o P250 Ingenium turboflex que apesar de beber etanol e gasolina é fabricado na Inglaterra. Ele desenvolve 249cv e 37,2kgfm de torque. Mesmo pesado, com seus 1899 kg, o E-Pace se desenvolve bem mantendo uma boa dinâmica de condução e aproveitamento do motor. Com tração integral permanente e controle pelo câmbio automático de nove marchas, o carro tem segurança para um perfil mais esportivo e boa aceleração com 0-100 km/h em 7,5 s e velocidade máxima de 229 km/h.
Em um trecho de estrada, notamos que além do fôlego do motor, bebendo gasolina o E-Pace apresenta um consumo interessante de 13,5 km/l caindo para 9 km/l na cidade. Vale lembrar que as versões híbridas já vendidas na Europa não estão disponíveis aqui. No Velho Continente além do motor a combustão há um propulsor elétrico de 143cv alimentado por baterias de 13,6 kWh que rendem cerca de 50 km de autonomia sem usar gasolina. Com uma atualização futura, o Jaguar E-Pace ficaria páreo com o Volvo XC40 por exemplo que tem um conjunto semelhante.
O preço a partir de R$ 376 mil está um pouco acima dos seus concorrentes diretos. No entanto, a qualidade do acabamento, potência e dinâmica de condução fiel a uma herança quase centenária fazem do "baby Jag" um concorrente forte para os fãs de crossovers esportivos que abrem mão de um carro muito grande para o seu dia a dia.