Após o lançamento da nova geração do Mercedes-Benz Classe C a marca alemã deixou claro o posicionamento da novidade. O três volumes volta ao patamar dos concorrentes com um pacote mecânico e tecnológico interessante. O R7-Autos Carros avaliou a nova geração do carro na versão C300 AMG Line, a mais cara da linha com preço de R$ 399 mil.
MERCEDES C300 2022 com 258cv já custa R$ 400 mil: o que mudou? Veja o vídeo!
Agora o carro que usa a nova plataforma MLA (a mesma do luxuoso Classe S), se mostra com mais conteúdo, espaço e nível tecnológico. O visual, atualizado e de inspiração esportiva, está mais para o Classe S, com pára-choques e rodas exclusivos do pacote AMG Line e o estilo fluido já conhecido.
O C 200 AMG Line e o C 300 AMG Line. Como você pode notar, por enquanto ambas as configurações chegarão no país com o pacote AMG Line, que traz visual com proposta mais esportiva formado por para-choques e rodas diferenciados. A dianteira, baixa e esguia, abre espaço para a grade ampla e o pára-choque com boas entradas de ar. Na traseira, lanternas afiladas e bem delineadas para as laterais e a traseira curta dão o tom jovial a um produto muito tradicional da marca.
Por dentro se nota o quanto o sedã evoluiu: a qualidade do acabamento nos faz relembrar dos modelos clássicos em cada detalhe exceto no desenho limpo e no perfil metálico do acabamento das peças. Os mais atentos vão notar outro detalhe: a multimídia deixa o conjunto integrado do Classe A e agora encontra abrigo no painel.
São 11,9 polegadas de uma tela com alta resolução onde é possível fazer espalhamento de celulares com sistema Apple CarPlay e Android Auto sem fio e controlar os modos de condução, assistentes ativos de direção e segurança, GPS nativo com realidade aumentada e até a climatização por botões ou comandos de voz do sistema MBUX de sétima geração e sistema de condução semiautônoma de nível 2.
Ao acelerar o carro se nota a preocupação ergonômica e de dirigibilidade do carro. Os ajustes dos bancos dianteiros elétricos é feito somente com o toque dos dedos no ajuste posicionado tradicionalmente na forração de porta repetindo o perfil do banco com controle de assento, lombar, distância e encosto de cabeça. Tudo à medida. Para acompanhar a viagem é possível personalizar as cores de luz ambiente do carro com até 64 opções.
O motor evoluiu tanto na entrega de potência quanto no sistema híbrido leve EQ Boost de segunda geração. O C300 bem equipado com motor 2.0 turbo com 258 cv de potência e elevados 40,8kgfm de torque. O câmbio é automático de 9 marchas e a tração é traseira como manda a receita dos bons sedãs premium. O sistema elétrico fornece 27 cv e 20,4 kgfm de torque extras.
Na prática o Classe C300 voltou a transmitir solidez e qualidade nos detalhes. Nesta versão o motor de 258cv evolui rapidamente sem abrir mão do controle sutil que faz correções quando necessário. Mais baixo e alongado, tem na tecnologia um aliado presente na direção milimetricamente ajustada.
O silêncio também foi companheiro nestes dias de avaliação do C300 pois o motor trabalha em faixas reduzidas no dia a dia e só “acorda” quando necessário para mostrar a que veio.
Por dentro o carro tem bom aproveitamento de espaço, outra evolução em relação ao antigo Classe C. Tem 4,75m de comprimento, 1,82 m de largura e 1,44m de altura com porta malas de 455 litros e peso de 1.675 kg na versão C300 avaliada.
A maior evolução está no banco traseiro e no espaço para os passageiros que poderão aproveitar a viagem de forma mais tranquila. Com estas dimensões e motor de alto desempenho o consumo ficou entre 9,5km/l na cidade e 12,8km/l na estrada.
Agora importado da Alemanha o novo Classe C300 cobra seu preço ficando mais caro que o BMW Série 3 2.0 turbo que tem desempenho e preço inferiores ou mesmo o Audi A3 1.4TFSi e Audi A4 2.0TFSi. São R$ 399 mil condados pelo C300 enquanto o modelo C200 com motor 1.5 custa R$ 349 mil. O sedã não tem opcionais nem de cor ou pacote e pode ser encomendado na rede de concessionários da marca no país.