Autos Carros [Avaliação] Saímos da estrada com o novo Jeep Wrangler Rubicon

[Avaliação] Saímos da estrada com o novo Jeep Wrangler Rubicon

Jipão chega equipado com motor 2.0 turbo a gasolina mas com grande capacidade off-road

Resumindo a Notícia

  • Jeep Wrangler Rubicon herda visual de modelos antigos da marca
  • Jeep apostou em um motor 2.0 turbo de 272cv de potência
  • Preço chega próximo aos R$ 440 mil
  • Wrangler pode ter peças desmontadas para uma aventura ainda maior
Jeep Wrangler Rubicon apresenta boa capacidade 4x4

Jeep Wrangler Rubicon apresenta boa capacidade 4x4

Guilherme Magna

Os entusiastas do mundo off-road tem boas opções no mercado. Uma delas é o Jeep Wrangler Rubicon que chegou à sétima geração. No Brasil é vendido somente com motor turbo a gasolina oferecido por salgados R$ 439.880. O R7 Autos Carros andou com o carro durante uma semana principalmente fora da estrada testando sua real capacidade.

Na dianteira os faróis em LED redondos e as sete barras na vertical foram mantidas

Na dianteira os faróis em LED redondos e as sete barras na vertical foram mantidas

Guilherme Magna

Estilo tradicional e dimensões generosas

Com a herança dos antigos modelos Jeep o Wrangler representa a evolução da espécie. Na dianteira os faróis em LED redondos e as sete barras na vertical foram mantidas. Os faróis são circulares em LED, assim como nas versões mais caras do Renegade.

Guilherme Magna

De proporções generosas o Wrangler tem 4,78m de comprimento, 1,87m de largura, 1,86m de altura e 3,00m de entre-eixos, ele é grande para os nossos padrões.

Por dentro espaço de sobra para os cinco ocupantes embora o acesso ao banco traseiro seja prejudicado com a coluna reduzida

Por dentro espaço de sobra para os cinco ocupantes embora o acesso ao banco traseiro seja prejudicado com a coluna reduzida

Guilherme Magna

Por dentro espaço de sobra para os cinco ocupantes embora o acesso ao banco traseiro seja prejudicado com a coluna reduzida e um gancho de encaixe da porta que pode se prender às roupas dos passageiros. O porta-malas de 448 litros também é suficiente para uma viagem com carro cheio. No quesito conectividade o Wrangler evoluiu em relação a geração anterior. A multimídia de 8,4” recebeu o sistema Uconnect com espelhamento para Android Auto e Apple CarPlay, além de navegação própria.

O painel de instrumentos e o tabelier em posição vertical mesclam elementos analógicos e digitais

O painel de instrumentos e o tabelier em posição vertical mesclam elementos analógicos e digitais

Guilherme Magna

O painel de instrumentos e o tabelier em posição vertical mesclam elementos analógicos e digitais, o que da um ar de nostalgia ao Wrangler. O painel ainda conta com elementos de plástico de boa qualidade que une as cores preta e vermelha. O ar-condicionado é digital dual zone e ainda estão disponíveis duas entradas USB.

Motor a gasolina

Sob o capô a Jeep deixou de lado o motor V6 3.6l de 284cv e 35,4kgfm e agora passa a equipar o Rubicon com um 2.0 turbo de quatro cilindros a gasolina e 272cv e 40,8kgfm de torque com injeção direta. Ou seja, menos potência, porém maior torque. O resultado final é mais força em qualquer situação apesar do alto consumo de combustível. Para acompanhar este conjunto há um câmbio automático de oito velocidades.

Guilherme Magna

Outra novidade é sistema de tração 4x4. A manopla de câmbio de tração recebeu uma nova opção: o 4x4H trabalha quase como uma tração automática. As outras opções são o 4x2 com tração traseira, 4x4 que distribui a força do carro de forma igual para dianteira e traseira e 4x4 reduzida, com relação 4:1. Ainda tem a função N que serve para situações de reboque. Aliás a capacidade do Wrangler é de 1.588kg.

Versatilidade

Ponto interessante é a possibilidade de remover teto e as portas do utilitário, além de rebaixar o pára-brisa, para situações off Road mais despojadas.

Ponto interessante é a possibilidade de remover teto e as portas do utilitário, além de rebaixar o pára-brisa, para situações off Road

Ponto interessante é a possibilidade de remover teto e as portas do utilitário, além de rebaixar o pára-brisa, para situações off Road

Marcos Camargo Jr.

O Wrangler Rubicon vem com um kit simplificado de ferramentas para facilitar esse trabalho que apesar da possibilidade não é simples e requer treinamento antecipado para evitar surpresas.

O bruto da lama

Andamos com o Wrangler Rubicon em trechos urbanos, rodoviários e com muita lama pelo caminho. Na cidade e na estrada o incômodo fica por conta do barulho dos pneus, que são feito para a lama. A suspensão que é eixo rígido na dianteira e traseira tem curso longo e com isso a absorção de impactos é maior.

Percorremos o chamado “caminho da fé” que une o sul de Minas Gerais com trechos de serra no interior de São Paulo

Percorremos o chamado “caminho da fé” que une o sul de Minas Gerais com trechos de serra no interior de São Paulo

Guilherme Magna

Percorremos o chamado “caminho da fé” que une o sul de Minas Gerais com trechos de serra no interior de São Paulo, com destino a Aparecida. No total, são 320 quilômetros somente em trechos de estrada de terra.

O ponto de partida foi na cidade de Águas da Prata, interior de São Paulo

O ponto de partida foi na cidade de Águas da Prata, interior de São Paulo

Marcos Camargo Jr

O ponto de partida foi na cidade de Águas da Prata, interior de São Paulo com longos trechos de estrada sinuosos. Este foi o primeiro ponto que utilizamos a opção de 4x4.

JEEP WRANGLER RUBICON: R$ 439 mil com motor 2.0 turbo vale a pena? É 4x4 mesmo? Veja avaliação!

Chegando no segundo trecho, perto da cidade de Andradas onde cruzamos um rio. Concluido esse teste, com chuva e lama, chegamos a Ouro Fino em Minas Gerais. Por lá, os trechos de terra são repletos de buracos fazendo a suspensão de longo curso provar sua aptidão. Com tração reduzida o Jeep se manteve seguro com mínimos deslizes de trajetória ao longo da estrada.

Depois de um trecho de estrada em tração 4x2 chegamos ao distrito de Luminosa, local que pertence à cidade de Brazopolis/MG

Depois de um trecho de estrada em tração 4x2 chegamos ao distrito de Luminosa, local que pertence à cidade de Brazopolis/MG

Guilherme Magna

Depois de um trecho de estrada em tração 4x2 chegamos ao distrito de Luminosa, local que pertence à cidade de Brazopolis/MG, muito usado por jipeiros em busca de aventuras. O trajeto é repleto de lama, subidas e buracos e trechos de mata fechada.

Nestes trechos outro ponto positivo é o sistema de navegação próprio que dá suporte até mesmo em locais onde os celulares não funcionam.

outro ponto positivo é o sistema de navegação próprio que dá suporte até mesmo em locais onde os celulares não funcionam

outro ponto positivo é o sistema de navegação próprio que dá suporte até mesmo em locais onde os celulares não funcionam

Guilherme Magna

Saindo de Brazopolis o próximo destino foi Campos do Jordão, onde foi possível testar o carro em grandes aclives e foi possível ver que o 2.0 turbo dá conta do recado. Apesar disso o consumo é sempre elevado no Wrangler. Nos trechos urbanos registramos uma media de 7km/l. Já na estrada nossa melhor média foi de 8,6km/l. Nós trechos off-Road, segundo o computador de bordo, o consumo caiu a 5km/l. Para um carro que pesa pouco mais 2.031kg a relação é suficiente mas considerado o elevado preço do combustível mesmo para clientes mais abastados é algo a ser levado em conta.

Como concorrente direto o Wrangler só encontra o Land Rover Defender, igualmente com tração 4x4 e motor a gasolina.

Como concorrente direto o Wrangler só encontra o Land Rover Defender, igualmente com tração 4x4 e motor a gasolina.

Guilherme Magna

Após Campos do Jordão, cumprimos mais um trecho on e off Road chegando à Aparecida. Em resumo o carro superou as expectativas, tanto em desempenho quanto em capacidade off-road. Como concorrente direto o Wrangler só encontra o Land Rover Defender, igualmente com tração 4x4 e motor a gasolina.
 

*Por Guilherme Magna

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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