[Avaliação] Testamos a Strada com e sem carga: veja o resultado

Com 647kg de capacidade de carga e 844litros de volume na caçamba, a Fiat Strada melhorou ainda mais sua capacidade de transporte e por isso é a preferida dos frotistas como mostram os dados da Fenabrave.

Líder de mercado, a Fiat Strada também é um dos veículos mais vendidos do país. Atualmente o modelo Volcano cabine dupla, versão topo de linha do modelo custa R$ 85.964,00 encostando na Toro mas sua versatilidade e baixo consumo fazem dela uma das utilitárias mais versáteis entre a concorrência composta pela Volkswagen Saveiro e Chevrolet Montana . O R7 Autos Carros já fez a avaliação completa do modelo, porém dessa vez andamos com a caçamba cheia e avaliamos o desempenho da Strada.

Versatilidade

Andamos com malas, caixas e até mesmo saco de cimento e areia na caçamba rodando em todo tipo de terreno para uma demanda específica é comum: uma reforma doméstica. Para abrir a tampa e tirar a capota marítima o trabalho é simples. A tampa tem peso leve e a capota é sustentada por duas barras de ferro que são apenas encaixadas. O acesso até o fim da caçamba também não é difícil e não é necessário que uma pessoa suba para conseguir carregar a Strada. Isso porque usamos o modelo de cabine dupla que não é tão grande quanto os 1.354kg de capacidade da versão Cabine Plus, que é a simples e que nos já testamos.

Apesar de não estar muito pesada, em comparação ao peso que pode levar, pudemos testar o bom trabalho da suspensão, que é McPherson na dianteira e usa também a mesma fórmula na traseira: eixo rígido, feixe de mola e amortecedor com ajuste mais confortável na traseira. Quando carregada apresenta um rodar suave e com boa absorção de impactos das imperfeições das vias. Além disso mesmo carregada, se nota o mesmo controle da Strada com a cacamba preenchida.

Câmbio curto e giro mais alto

O motor é um grande aliado da Strada, principalmente quando está carregada. Se por um lado o câmbio parece curto para o motor quando usamos a caçamba esse ajuste se mostra necessário para que a pick-up não fique lenta demais. Sob o capô, a Fiat Strada Volcano é equipada com motor 1.3 Firefly de 109cv e 14,2kgfm de torque. O câmbio é sempre manual de cinco velocidades que trabalha em giro alto na cidade, algo que incomoda, mas que mostra sua razão de ser com a caçamba cheia. Apesar de ter o cursor longo, a troca de marchas é precisa, o que facilita o trabalho do motorista. O torque aparece em baixas rotações o que dá mais força ao carro em arrancadas e retomadas. Porém quando está em velocidades superiores a 100km/h a rotação do motor fica em 4500rpm, o que dá a entender que a picape poderia ter uma sexta marcha. Mesmo carregada a reação é a mesma.

Consumo afetado

O que sentimos na picape foi algo normal que todo carro carregado apresenta; alto consumo. A Strada tem um consumo médio de 10,7km/l rodando com etanol na cidade. Durante nosso teste com a picape carregada essa autonomia caiu para 7km/l segundo o computador de bordo.

Outro item que auxilia a rodagem do carro mesmo com carga é a inclusão do controle de tração e estabilidade que são de série em todas as versões. A Strada ainda traz o novo sistema E-Locker de bloqueio eletrônico de diferencial, TC+ de atuação no sistema de tração que ajusta a tração caso alguma roda gire em falso e o freio ABS Off Road que melhora a segurança das frenagens.

A picape usa a nova plataforma da marca MPP e em sua construção há partes do Mobi, Argo e da Fiorino. Na versão testada por nossa equipe a dianteira tem muita herança do compacto Mobi com grandes faróis no “andar” de cima com luzes em DRL e logo abaixo estão posicionados os faróis de neblina que carregam luzes halógenas.

A cabine apesar de não ser grande, traz todos os novos elementos da Fiat, como a nova central multimídia, que é mais interativa e traz espelhamento de celular sem fio. Outra vantagem é o banco traseiro que até comporta bem quatro pessoas considerando suas dimensões reduzidas.

Versátil, a Strada se sai bem com motor 1.3 e caçamba com boa capacidade volumétrica. As evoluções são notáveis, algo que o consumidor reconhece e mantém a utilitária da Fiat à frente dos concorrentes.

*Por Guilherme Magna