C4 Cactus Feel 1.6 é versão “custo benefício” do crossover da Citroën
Avaliamos o modelo que tem alguns itens a mais que as versões de entrada e tem vendido bem
Autos Carros|Marcos Camargo Jr. e Marcos Camargo Jr.
O Citroën C4 Cactus nunca teve um momento tão bom no mercado. Já em sua maturidade e com quatro anos de vida no Brasil, o Cactus vem acelerando nas vendas. A marca dobrou o volume de vendas e o Crossover que tem seis versões. Neste portfólio o C4 Cactus está na linha do custo-benefício e o R7-Autos Carros testou a versão Feel equipada com motor 1.6 aspirado de 118cv. Vale a pena comprá-lo hoje em dia?
CITRÖEN C4 Cactus vale a pena hoje em dia? Teste com a versão Feel 1.6 de R$ 99 mil. Veja o vídeo!
A versão Feel traz alguns itens a mais que a Live (de entrada) sem o estilo diferente da “X-Series” (que já testamos) como partida por botão, ar condicionado digital, sensor de monitoramento de pressão dos pneus, farois de neblina e itens como multimídia e câmbio automático que fazem toda a diferença para quem compra um SUV.
No visual, nada de mudanças e mesmo assim o Cactus segue como um ilustre diferente. Farois afilados, os bumpsides que fazem o papel de friso na parte de baixo do carro, a traseira limpa e as largas barras de teto estão ali compondo o visual.
Por dentro, o Cactus que é um compacto não tem grandes números para mostrar. Mede 4,17m de comprimento, 1,71m de largura, 1,56m de altura e 2,60m de entre-eixos. Tem porte semelhante a outros do segmento como Nissan Kicks, Chevrolet Tracker, Peugeot 2008 e Fiat Pulse.
Por dentro o Cactus Feel também é singelo. Traz acabamento na cor preta e o mesmo estilo arrojado. O painel horizontal e digital tem comandos diferentes mas fáceis de se acostumar. Fica só difícil se ambientar com a multimídia de baixa resolução, gráficos simples e pequenos e tela pequena de 7 polegadas. Ainda por cima exige cabo de conexão e a câmera de ré não tem boa definição.
Mas seu comportamento cotidiano é satisfatório. Não se pode esperar muito do motor EC5, Velho conhecido com quatro cilindros naturalmente aspirado 1.6 litro com 115/118cv e 16,1kgfm de torque atuando com câmbio automático de seis marchas.
Para o uso familiar é bem suficiente com agilidade nas trocas de marchas (sem shift paddles), silêncio desde que não se exija muito nas subidas ou com o veículo carregado.
Na prática cumpriu 600km de teste com 10,4km/l na cidade e 14km/l na estrada, boa média para um crossover. Mas quanto custa essa versão? Atualmente a Feel 1.6 sai por R$ 109,9 mil.
A Citroën tem vendido esse carro em algumas concessionárias de São Paulo por R$ 99 mil. Seja uma ou outra opção o C4 Cactus é bem equipado e muito mais em conta que seus concorrentes.
Analisando só os modelos com desempenando parecido o Cactus é mais barato e equipado que o Tracker LT, Nissan Kicks, Volkswagen Nivus e T-Cross e também o Fiat Pulse. Até mesmo na versão topo de linha com motor 1.6 THP de R$ 120 mil, o Cactus terá desempenho de fazer inveja aos competidores custando até R$ 40 mil a menos que modelos como Hyundai Creta 2.0, T-Cross 1.4 e Tracker 1.2.
A estratégia é clara: ganhar volume de vendas. E neste ponto a Stellantis calibrou bem seu produto mais tradicional da linha. E em breve vai jogar com mais um player nesta competição com a chegada do C3.
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