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Ford tira Fusion de linha nos EUA para focar na produção do Bronco

Marca abandona segmento que liderou por anos para focar na produção de SUVs e pickups seguindo estratégia adotada em 2017

Autos Carros|Marcos Camargo Jr

Com fim decretado desde o ano passado a Ford oficializa nesta semana o fim da produção do Fusion no México após 14 anos. Depois do fim de clássicos da marca como o Taurus e Crown Victoria, além de sucessos como o Five Hundred, Focus e Fiesta sedan, a Ford deixa de atuar no segmento dos sedãs de forma global com raras exceções como o nosso Ka sedan, um dos mais vendidos do segmento. Apesar disso, no Brasil a Ford também enxugou drasticamente o segmento removendo em 2019 o Fiesta e o Focus do seu portfólio. A exceção fica por conta do lendário Mustang que é um sucesso de vendas.

Fusion quando estreou em 2006: alternativa moderna aos sedãs envelhecidos da época
Fusion quando estreou em 2006: alternativa moderna aos sedãs envelhecidos da época Fusion quando estreou em 2006: alternativa moderna aos sedãs envelhecidos da época

O fim do Fusion após duas gerações coloca o sedã no alvo dos crossovers cujas vendas só crescem nos Estados Unidos. Para se ter uma ideia do enxugamento do portfólio hoje a marca oferece em sua terra natal nada menos do que nove crossovers (incluindo o EcoSport), três pickups e somente um automóvel: o Mustang. Por aqui o Fusion deixou de ser oferecido em maio.

O Fusion ainda aparece no catálogo da marca mas sua produção foi encerrada para dar lugar à linha do novo Bronco, que já recebeu mais de 165 mil encomendas.

Mas qual o motivo do "abandono"?

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É uma questão de demanda. A Ford e várias montadoras tradicionais nos Estados Unidos tem percebido a redução de demanda por sedãs em favor dos SUVs.

Taurus estreou em 1985 como resposta aos sedãs japoneses: outros tempos
Taurus estreou em 1985 como resposta aos sedãs japoneses: outros tempos Taurus estreou em 1985 como resposta aos sedãs japoneses: outros tempos

No caso do Fusion em 2015 ele foi responsável por 300 mil unidades fabricadas. Este número chegou a apenas 60 mil em 2019. Assim, nos Estados Unidos a Ford não oferece mais sedãs simplesmente porque o consumidor não quer mais comprar esse tipo de produto.

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Montadora oferece nove crossovers e três pickups nos EUA mas apenas um automóvel (Mustang)
Montadora oferece nove crossovers e três pickups nos EUA mas apenas um automóvel (Mustang) Montadora oferece nove crossovers e três pickups nos EUA mas apenas um automóvel (Mustang)

Jim Hackett, CEO global da Ford, havia dito ainda em 2017 que o plano da marca seria focar nos Crossovers e Pickups de forma global. Segundo Hackett US$ 7 bilhões seriam realocados para investir em novos produtos.

O fim dos clássicos sedãs

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De forma global a Ford tem feito ajustes na sua estratégia mas essa história é muito antiga. Nos anos 1980 com o crescimento de sedãs de origem japonesa como o Civic e o Corolla, além do Camry e do Accord nos EUA, a marca lançou o Taurus que foi um sucesso. Da mesma forma no segmento dos compactos a Ford introduziu modelos de menor porte como o Focus, Mondeo, Five Hundred, Countour entre outros como o Escort e o Fiesta de projetos europeus. Tempos depois os antiquados Crown Victoria e seus derivados também saíram de linha enquanto os crossovers só cresciam.

O fim de uma era com o Crown Victoria que deixou de ser produzido em 2011
O fim de uma era com o Crown Victoria que deixou de ser produzido em 2011 O fim de uma era com o Crown Victoria que deixou de ser produzido em 2011

No Brasil a marca acaba de lançar o Territory para competir no segmento dos crossovers médios e deve lançar em breve o Escape na versão híbrida. Asssim o portfólio ficará composto por EcoSport (compactos), Territory (médios), Escape (médios), Edge (grandes) e possivelmente Bronco Sport a partir de 2021.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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