Polo GTS mantém alma esportiva: veja o teste completo
Hatch supera os 200km/h e oferece firmeza ao volante, mas abre mão de itens que seriam desejáveis
O Polo GTS é o descendente de uma linhagem aclamada para os fãs da marca Volkswagen. No Brasil ela começou com o Gol GTS, que estreou no fim de 1986. E hoje o Polo GTS é a versão que bebe mais diretamente destes esportivos na Europa.
Ao acompanhar o visual reestilizado do Polo ano passado, o compacto GTS trouxe os faróis do europeu mas tradicionalmente abriu mão de algumas coisas como teto solar e itens de segurança. O R7-Autos Carros testou o novo Polo GTS ao longo de uma semana.
O visual acompanha a reestilização do Polo de 2023. Há novas rodas aro 18 que se destacam, saias laterais bem discretas, mas que conseguem emoldurar o carro com bom gosto. A dianteira modificada tem um friso que prolonga o capô e os faróis Led Matrix são os mesmos do Polo europeu.
Motor do Polo GTS
O motor é o conhecido T250 oferecido no Taos e no T-Cross Highline, além do Virtus Exclusive. É o 1.4 turbo de 150cv e 25,5kgfm de torque combinado com câmbio automático de seis velocidades. Mas isso é tudo? Não. O Polo GTS tem acerto de suspensão específico para a versão esportiva. Muda curso de amortecedor e de molas bem como a barra estabilizadora mais grossa e a relação de suspensão mais firme.
E vale a pena frisar o desempenho pois o motor T250 traz 62cv a mais que a versão MPI 1.0 e 34cv a mais que a T170. Na prática é muita diferença, que vemos também nos números: 8,3kg/cv é a relação peso potência e a velocidade máxima é limitada a 207km/h.
Mas há “poréns”
Como legítima herança do Polo Track de entrada, o acabamento desta versão também é simplificado. Embora traga pedaleiras esportivas e soleira em resina, além de bancos elegantes com perfil esportivo a um trilho aparente o que destoa completamente do conjunto.
Também o painel ganha apenas uma cobertura parcial de courvin costurado em vermelho. Mas combina com o volante de base achatada e com logotipo GTS. O teto revestido em preto já existia mas as alças de apoio no teto continuam em falta.
Teste do Polo GTS
Não há dúvidas de que o GTS mantém a boa dirigibilidade da linha Polo. É agradável, com posição correta, boa amplitude de ajustes e visibilidade. O motor também é rápido na aceleração e se nota claramente a suspensão mais rígida no GTS. Nada que um acerto mais confortável não resolva com toques na tela Volksplay.
Aliás, ela funciona bem com toques simples e tudo bem intuitivo, mas em duas ocasiões a multimídia de 10,1” deu “tela verde” no teste, o que foi resolvido após uma nova partida no carro. O espelhamento sem fio, câmera de ré e bluetooth funcionaram a contento.
Embora mantenha a boa dirigibilidade da linha, poderia ter itens de assistência à condução para melhorar a segurança. Itens como controle de cruzeiro adaptativo, frenagem automática, alertas de ponto cego e fluxo cruzado - tudo que existe na Europa, aqui foram dispensados. Nem mesmo teto solar como opcional.
O Polo GTS não se compromete com volume de vendas, até porque custa caro: R$ 153,7 mil. É bem mais caro que o Highline de R$ 120,7 mil oferecendo o mesmo pacote de itens de série, exceto o farol LED. Portanto, só vale a pena para quem quer desempenho de esportivo pois isso o Polo GTSpodeentregar.
Novo POLO GTS: esportivo mesmo?
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