Em momento de expansão no mercado brasileiro, a BYD apresentou para o mercado nacional dois produtos simultaneamente: o elétrico Yuan Plus EV além do híbrido Song Plus DMi, que deve ser o produto de maior volume da gigante chinesa por aqui. Ambos custam R$ 269,9 mil deixando para o consumidor a escolha entre um crossover 100% elétrico e outro híbrido.
Tivemos um primeiro contato com o Song Plus DMi, primeiro SUV híbrido da marca no país ao combinar um pequeno motor 1.5 a combustão de 110cv com um propulsor elétrico de 179cv. Saindo de São Paulo rumo à Araçariguama testamos o novo crossover em trecho urbano e rodoviário.
Com estilo fluido o BYD Song Plus DMi não chama muito a atenção pelas ruas a não ser para os olhares mais atentos. Ele traz linhas arredondadas, ampla grade e faróis afilados com moldura superior em cinza que abriga o logo da BYD. Na porção traseira, o slogan “Build Your Dreams” (construa seus sonhos) com recorte retilíneo na tampa do porta-malas definem o desenho ampliado do SUV.
O Song Plus parece maior pessoalmente do que pelas fotos. Generoso nas dimensões mede 4,70m de comprimento, 1,89m de largura, 1,68m de altura e 2,76m de entre-eixos e porta malas de 574 litros. A sensação de espaço fica melhor no banco traseiro sem túnel central e com assentos generosos que acomodam melhor as pernas.
O Song Plus DMi combina dois motores que somam 235cv e 40kgfm de torque. O principal é o motor elétrico que tem 132kw (179cv) e 31kgfm de torque e autonomia de 51km no modo elétrico com 8,3kW. Ao acelerar o Song Plus, a entrega de torque é rápida, como se ele fosse um veículo 100% elétrico.
O motor a gasolina é pequeno: 1.5 aspirado de 110cv e 11kgfm de torque. O conjunto funciona de três formas alternando os motores com ou sem eletrificação ao gosto do motorista onde se nota em poucas ocasiões que o motor térmico está ligado.
O modo EV usa somente o motor elétrico de 179cv mas que roda somente 51km sem ligar o propulsor a gasolina. Já o modo híbrido paralelo soma os dois propulsores para melhor desempenho dos 235cv enquanto o Híbrido em Série alterna de forma automática os dois motores que “cooperam” e se alternam em busca de eficiência.
Equilibrado, o Song Plus ganha velocidade e mantém a dirigibilidade bem como a suspensão Mc Pherson na dianteira e Multilink na traseira que resultam em conforto máximo com alguma flutuação mínima. A ergonomia é boa mas os bancos dianteiros poderiam ter maior amplitude no ajuste elétrico.
Entre as tecnologias disponíveis estão a condução semiautônoma de mínima interferência no volante apenas com suaves alterações e alertas. Já as câmeras 360° de alta resolução e projeção na tela da multimídia de 12,8” melhoram a sensação de controle em manobras. Por dentro o acabamento é muito bom mesclando couro e superfícies suaves ao toque com boa montagem. No entanto, o estilo é comum sem muita personalidade e com linhas retas, diferente do Yuan EV elétrico, que é mais arrojado.
Entre os itens de série estão som premium Dirac, ar-condicionado dual zone, faróis em LED Crystal Diamond e lanternas com projeção dinâmica e conjunto de segurança com seis airbags com os assistentes de condução como controle dinâmico, controles de tração e estabilidade, alerta de manutenção do carro na faixa, alerta de tráfego cruzado e sensor de ponto cego. Só faltou incluir um pneu estepe tradicional ao invés do kit de reparos tendo em vista o péssimo estado das nossas ruas que podem, não raramente, danificar os pneus.
Não foi possível aferir o consumo neste primeiro momento mas a BYD promete algo em torno de 18km/l na estrada e 24km/l na cidade. Como primeiro modelo de volume da marca, já existem 400 unidades vendidas e há um terceiro lote em pré-venda que tem chegada prevista para o final de janeiro enquanto os primeiros modelos - todos vendidos - já começam a ser entregues em dezembro. “Os concessionários querem ter o produto e ainda não conseguimos nem enviar o Song Plus a todas as lojas. Com o tempo esperamos atender a todos e nossa grande aposta está mesmo nesse novo produto que é líder em vendas em diversos países”, diz o diretor de comunicação da BYD, Adalberto Maluf.