Testamos o Kwid E-tech: carro elétrico mais barato do Brasil
Modelo começa a chegar ao país em julho e custa R$ 142,9 mil: o dobro da versão Outsider vendida por R$ 69,9 mil
Autos Carros|Marcos Camargo Jr. e Marcos Camargo Jr.
Após confirmar a chegada do Kwid elétrico em janeiro e promover um lançamento virtual da novidade, a Renault promoveu um evento restrito para mostrar sua novidade: Kwid E-tech, modelo 100% da gama que é também o modelo eletrificado mais barato do país.
NOVO KWID E-tech é o elétrico mais barato do Brasil por R$ 142,9 mil. Veja o vídeo!
“Barato” mesmo ele não é. Custa duas vezes o preço de um carro de entrada 1.0 aspirado, mas tem custo por quilômetro rodado infinitamente menor. Enquanto um carro de entrada tem custo de rodagem aproximado de R$ 0,50 por quilômetro rodado, o Kwid elétrico é bem mais eficiente: R$ 0,06.
E o pacote é interessante com as limitações do Kwid. O visual ao vivo é bem interessante. Mantendo o estilo atual do carrinho há destaque para a grade que na verdade é uma portinhola que se abre para fazer a recarga do veículo. As rodas pretas (com quatro parafusos), o friso lateral, o rack de teto com acabamento cinza e o emblema “E-tech” estilizado na tampa combinam com todo o conjunto.
Interior aprimorado
Por dentro o Kwid se diferencia no tom mas a qualidade e perfil do material empregado é quase igual ao do modelo nacional. O tabelier, a parte superior do painel, tem revestimento cinza. O painel tem os mesmos elementos da versão a combustão porém, no cluster, à esquerda, há nível de consumo e autonomia da bateria. Ao centro a multimdia tem a mesma interface e controles do modelo que já conhecemos envolta sob uma ampla moldura na cor preto brilhante.
Até os comandos centrais do vidro elétrico estão ali economizando fios para levar o mecanismo até as portas. Há ainda um botão “eco” no painel que atenua as reações do carro no dia a dia e economiza bateria. Volante, toque dos materiais e forrações são iguais ao modelo flex fabricado no Paraná.
Ao centro do painel, bem abaixo da linha dos bancos está um pequeno botão do câmbio. Basta girar a chave como no modelo a combustão (o botão de ignição faz falta nesse caso) e girar o botão para a posição D e acelerar.
Esperto na pista e melhor na dinâmica
O novo Kwid E-Tech pesa 977kg o que faz dele bastante ágil com seus 65cv (48kW) com autonomia máxima de 298km. Segundo a Renault em uso misto entre cidade e estrada o rendimento fica em torno de 265km. No primeiro contato com o veículo pudemos rodar alguns quilômetros em um autódromo particular apenas para testar suas reações e o desempenho.
E há boas surpresas a bordo do Kwid elétrico. Mais ágil com seus 65cv ele tem 11,2kgfm de torque ele acelera rápido considerando seu peso e seu porte. Feito mesmo para a cidade ele acelera de 0-100km/h em 4,1s mas usa mais 10s para alcançar os 100km/h. Na prática ele foi mesmo para a agilidade do trânsito.
Com as baterias 26,8 kWh (feitas de íon-lítio) que pesam 188 kg junto ao banco traseiro como no tanque de combustível líquido o carro tem equilíbrio respeitando sua limitação de um veículo curto, estreito e alto.
Não testamos a recarga mas segundo a Renault ele leva 9h para uma recarga feita em uma tomada comum 220v (fornecida), enquanto no wallbox 7,4 kW faz o mesmo em 2h54m, enquanto na carga rápida de 30kW leva 40 minutos. Ainda teremos números reais após um teste mais longo.
Sem dúvida o Kwid E-Tech passa a ser uma opção interessante pelo baixo custo de operação. Embora caro para os padrões nacionais ele se posiciona na base quando o assunto é carro elétrico. Seu maior competidor sera o JAC E-JS1 com porte é desempenho semelhante que custa R$ 164,9 mil. Ele está, portanto, atrás de um Peugeot e-208 ou do Renault Zoe bem como Chevrolet Bolt e Nissan Leaf. Assim a Renault amplia a gama de elétricos no Brasil com um produto consagrado com desempenho interessante para seu peso e seu porte.
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