Viajar de carro elétrico é possível? Com um Volvo C40 respondemos a pergunta

Que os veículos elétricos são o futuro, isso todo mundo sabe. Inclusive, a indústria aumenta o desenvolvimento nesta área a cada dia e oferece produtos e soluções para responder a necessidade do ser humano de se deslocar. Mas ainda há diversas dúvidas de como ou onde andar com um carro eletrificado. Um dos principais questionamentos é se é possível fazer uma viagem tranquila como os automóveis a combustão onde há postos por todo o caminho. Portanto, para responder esse questionamento, o R7-Autos Carros viajou da capital paulista até Bauru, no interior do estado de São Paulo, para reportar todos os contratempos possíveis que poderiam acontecer no caminho. O principal é responder a dúvida se o carro de fato vai ter autonomia para chegar ao destino. Para isso, utilizamos um Volvo C40, carro elétrico que foi lançado recentemente no Brasil.

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Um outro importante motivo para essa viagem foi por conta da inauguração do terceiro eletroposto rápido da Volvo em Avaré. O ponto de recarga teve investimento aproximado de R$ 1 milhão e conta com duas vagas para um carregamento de até 150 km e outra para um de 7 kw.

Viagem

Saímos da Vila Madalena, zona oeste em São Paulo, e fomos diretamente para o posto elétrico em Avaré, no interior paulista. Cumprimos um primeiro trecho de 258 km ao longo da rodovia Castelo Branco sem intercorrência. O sistema Google do carro estima a autonomia no destino o que facilita a programação da viagem.

No eletroposto de Avaré, que fica localizado em um amplo espaço e com uma boa opção de serviços, pudemos carregar o SUV elétrico plugando no conector de alta potência. Com 31% de bateria, o ponto de recarga com 150kW levou 40 minutos para chegar aos 90% de bateria. É importante destacar que mantivemos a velocidade da estrada, ou seja, 120 km/h constantes.

Nestes 40 minutos enquanto esperávamos o C40 “encher o tanque”, foi possível fazer um lanche que poderia ser uma refeição mais longa enquanto se espera a recarga. No futuro, pontos de recarga irão faturar mais com alimentação já que o tempo de parada será mais longo do que o atual. Claro, abastecer um veículo convencional é mais fácil e prático, uma vez que ainda tem poucos pontos de recarga nas ruas, avenidas e estradas brasileiras.

Vale lembrar que a Volvo irá investir R$ 10 milhões para instalar mais postos como esse pelos estados brasileiros. Além dela há outras empresas investindo para a melhora da infraestrutura de carregamento de automóveis elétricos no país, o que vai levar bastante tempo para termos uma estrutura condizente ao tamanho do território nacional. 

De Avaré até Bauru foram mais 126 km. Ao chegar na terra do famoso lanche paulista, o Volvo C40 já estava com 60% da bateria e aqui mantivemos uma velocidade média de 110 km/h. Como voltaríamos no outro dia, deixamos o crossover carregando em uma tomada de 7 kW, de baixa potência, mas que se encontra mais facilmente em supermercados e shoppings por exemplo. Na manhã do dia seguinte, o modelo já estava com 90% de carga. Chegar aos 100% de carga não é recomendável, pois pode prejudicar o conjunto das baterias, principalmente, se o uso do carro elétrico for diário.

Voltamos para Avaré, onde acompanhamos a inauguração do eletroposto com os executivos da Volvo. De lá, percorremos mais uns 80 km para almoçarmos em um restaurante central da cidade. E surgiu o primeiro contratempo. Do restaurante não pudemos ir diretamente até São Paulo, pois a autonomia não seria suficiente. Ou seja, tivemos que voltar ao ponto de recarga e esperar uns 20 minutos para ter 90% da bateria carregada novamente dando autonomia segura para o retorno.

Feito isso, viajamos até a capital. Como o Volvo C40 tem o Google Maps nativo ele constantemente alterou a rota para chegarmos com segurança e com carga ao nosso destino. Mas não foi tão simples assim uma vez que o sistema calculou que chegaríamos ao destino, no bairro da Vila Madalena com 9% de bateria. No fim das contas chegamos com 11% de bateria e ainda dava para rodar mais uns 50 km.

A conclusão dessa viagem é a seguinte. Sim, é possível viajar com carro elétrico desde que no caminho tenha um eletroposto e o motorista faça o cálculo preciso. Caso ele seja de carregamento ultra rápido como o da Volvo, melhor ainda. Também será necessário programar uma parada maior no posto e carregar o carro durante à noite ou colocá-lo em uma tomada antes de retornar para casa.

No caso do Volvo C40, o modelo conta com aplicativo que ajuda a localizar os postos elétricos, mas se você tiver outro carro há diversos aplicativos como o da Tupinambá, que ajuda até a reservar vagas em pontos de recarga. Além disso tudo, o SUV elétrico da marca sueca tem uma autonomia que ultrapassa os 400 km, o que é bastante. Se fosse um outro veículo teríamos que fazer mais paradas pela estrada, o que certamente tornaria a viagem longa, cansativa e chata.

Sobre o Volvo C40

Lançado recentemente, o Volvo C40 é vendido por R$ 430 mil e vem equipado com dois motores elétricos, que entregam 413 cv com torque de 67 kgfm. Por fora, tem um visual arrojado e futurista, mas sem perder o desenho tradicional da marca. Por dentro, traz painel de instrumentos digital e uma ampla central multimídia de 12,3 polegadas com o sistema Google.

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Também é muito fácil dirigir o Volvo C40, já que ele conta com assistentes autônomos de condução com controle de cruzeiro adaptativo, que acelera e freia sem que o motorista precise fazer algo. Também mantém na faixa, mas é preciso segurar o volante para que o auxílio de manutenção de faixa funcione perfeitamente.

*Com a colaboração Felipe Salomão