Avanço da Reforma Administrativa depende de apoio do governo, avalia relator
Relator, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), disse ao blog precisar do apoio dos outros poderes e defende reunião entre o presidente da Câmara, Hugo Motta, e Lula

O relator da Reforma Administrativa, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), avalia que a proposta só tem chances de avançar no Congresso Nacional até o primeiro semestre de 2026 se conquistar o apoio do presidente Lula.
Ele tem articulado junto ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), um encontro com Lula em busca de apoio à proposta.
“Não existe reforma sem os poderes estarem juntos. Não se faz mudança constitucional sem apoio de todos”, explicou o relator.
O deputado considera a proposta ambiciosa, mas não está, até o momento, aberto a propostas de fatiamento da reforma, como votar separadamente apenas ‘supersalários’. A intenção é aproveitar a oportunidade para fazer uma Reforma Administrativa ampla.
Porém, o relator reconhece que, com a proximidade das eleições do ano que vem e após a votação da PEC da Blindagem - que desencadeou manifestações pelo país - os parlamentares têm receio de colocar a digital nas propostas sem ter certeza da resposta do eleitorado.
Por isso, o esforço a partir de agora é explicar ponto a ponto em busca de apoio.
Por se tratar de Proposta de Emenda à Constituição (PEC), são necessárias 171 assinaturas para ser protocolada. O grupo de trabalho também entregou, no pacote da reforma, uma proposta de lei complementar e de lei ordinária.
Ainda não há um posicionamento claro por parte do governo em relação à proposta. Porém, em entrevistas ao Jornal da Record, os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Esther Dweck, da Gestão e Inovação, se mostraram abertos à reforma, desde que com ajustes a pontos inegociáveis ao governo petista - que ainda estão em análise.
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