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Marcos Pereira reúne aliados de Lula e Bolsonaro e mostra força para sucessão da Câmara

Candidato à presidência da Câmara fez festa de aniversário em Brasília e teve fila de autoridades na entrada, reuniu opositores, ministros de governo e do STF

Blog da Farfan|Do R7

Deputado Marcos Pereira ao lado de Ciro Nogueira (esq.) e Arthur Lira (dir.) Nara Araújo - 10.04.2024

Com o pano de fundo da corrida pela conquista de votos para a presidência da Câmara dos Deputados, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), fez uma festa em Brasília, nesta quarta-feira (10), em comemoração aos seus 52 anos e demonstrou força ao conseguir reunir aliados de Lula a Bolsonaro.

Estiveram presentes todos os pré candidatos à presidência da Câmara - seus concorrentes na eleição no início de 2025 - , líderes, ministros de governo e da Suprema Corte, governadores, além do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O evento teve fila de autoridades na entrada e colocou rivais cara a cara.

Até o momento, Lira pretende apoiar o candidato à sucessão que melhor de cacifar para a disputa e fez apenas duas sinalizações: a Marcos Pereira e a Elmar Nascimento (União-BA), líder do partido na Casa.

Outros possíveis candidatos à presidência, Antônio Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL), também marcaram presença.


O evento aconteceu poucas horas após o fim da votação na Câmara que manteve a prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco.

Apesar da comemoração do resultado, parlamentares da base governista avaliaram que o posicionamento de Elmar na sessão conquistou apoio dos colegas na corrida pela presidência.


O líder do União Brasil falou publicamente que, pela Constituição Federal, parlamentares só podem ser presos em flagrante por crime inafiançável, e a manutenção da prisão preventiva de Brazão enfraqueceria as prerrogativas dos parlamentares. Por isso, votaria contra a prisão preventiva. O gesto foi uma sinalização aos deputados, em um esforço pela conquista de votos.

Apesar da comemoração do governo com o resultado que manteve Brazão preso, a avaliação de parlamentares é que o resultado seria diferente se o voto fosse secreto. A grande repercussão nacional do caso também gerou pressão nos parlamentares, que ficaram divididos entre garantir suas prerrogativas e responder a um anseio da opinião pública.

Marcos Pereira se ausentou na votação e não se posicionou, mas demonstrou força no evento que aconteceu logo após a sessão, com capacidade de aglutinar eleitores de diferentes polos políticos.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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