‘Não tem essa hipótese de ser oposição’, diz Lupi sobre federação PDT com PSDB-Cidadania
PDT, PSDB-Cidadania e Solidariedade têm discutido uma possível federação entre as siglas, após as eleições municipais deste ano. Uma das possibilidades é que a nova federação atue na oposição
As cúpulas do PDT, PSDB-Cidadania e Solidariedade têm discutido, nos bastidores, uma possível federação entre as siglas após as eleições municipais deste ano. Uma das possibilidades é que a nova federação atue na oposição dentro do Congresso Nacional, ideia refutada pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), em entrevista ao JR, na quinta-feira (13).
“Eu sou da base do governo, isso é uma decisão do partido. Como vou fazer uma federação de oposição? Então tenho que sair do meu lugar (de ministro). Não é lógico, não guarda coerência...Não tem essa hipótese de ser oposição”, afirmou Lupi.
A esplanada, porém, comporta chefes de pastas que têm seus partidos declaradamente na oposição ao governo, como é o caso do ministro do Esporte, André Fufuca (PP). O presidente do Progressistas, Ciro Nogueira, tem repetido, publicamente, que o partido é oposição, apesar de ter um ministério de Lula.
Lupi disse, ainda, que é preciso aguardar o resultado do pleito municipal e avaliar se há um projeto “que possa abraçar as teses divergentes”.
“Por exemplo, nós não somos um partido que defende o papel estratégico do estado brasileiro. Nós achamos que o estado é essencial na energia, na educação, na saúde. Como vamos juntar com um partido que é contra essa visão? É para brigar! Então tem que ter um programa comum, um projeto...”, disse.
Lupi afirmou, ainda, que “não pode existir federação apenas como arranjo eleitoral, para se salvar da cláusula de desempenho. Se é por isso, eu não faço. Eu prefiro correr o risco”.
Ele também considera a possibilidade de a possível federação lançar um candidato à presidência da República em 2026.
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